Mãe de Diddy se pronuncia sobre polêmicas: 'Ele não é um monstro que dizem'
De Splash, em São Paulo
06/10/2024 23h47
Janice Combs, mãe de Sean Combs, também conhecido como Diddy, se pronunciou sobre as recentes polêmicas. Ele está nos holofotes nas últimas semanas após ter sido preso, acusado de violência e exploração sexual, tráfico humano, sexual e de drogas. Com a repercussão, as "festas do branco", promovidas por ele entre os anos 1990 e 2000, foram lembradas.
Ela diz que o filho não é um "monstro" e acredita que Diddy tenha sido julgaldo por uma "narrativa criada a partir de mentiras". A declaração foi feita por meio de sua advogada, Natalie Figger, ao Local 10 News.
A mãe lamenta o que chamou de "linchamento público" do cantor. Ela ainda diz que Diddy não teve a oportunidade de provar sua inocência, e que vê-lo passar por isso é "insuportável demais para expressar em palavras".
Janice fala sobre o vídeo no qual o filho aparece agredindo sua ex-namorada Cassie Ventura. "Às vezes, a verdade e a mentira ficam tão intimamente interligadas que se torna assustador admitir uma parte da história, especialmente quando essa verdade está fora", diz.
Entenda o caso
Sean "Diddy" Combs, rapper e empresário, foi preso em 16 de setembro acusado de tráfico sexual, extorsão e outros crimes, como abuso, trabalho forçado e sequestro. Ele se declarou inocente, e seu advogado alega que as acusações são falsas.
Crimes eram cometidos em orgias violentas, os "freak-offs". O termo é uma expressão informal, utilizada pela polícia devido à singularidade do caso: um "freak-off" é um "surto", uma competição ou desafio entre pessoas que estão mostrando suas habilidades únicas ou excêntricas. A palavra foi citada pela primeira vez pelas vítimas — ao menos oito pessoas entraram na Justiça contra o rapper.
Os freak-offs eram atuações sexuais elaboradas e produzidas em que Combs [P. Diddy] organizava, dirigia, se masturbava durante e frequentemente gravava eletronicamente. [...] Os freak-offs ocorriam regularmente, às vezes duravam vários dias e frequentemente envolviam vários prostitutas.Trecho da acusação contra Diddy
A acusação diz que Diddy estaria envolvido em tráfico humano. Segundo o documento, os "freak-offs" eram organizados pelo rapper e sua equipe, muitas vezes transportando prostitutas, homens e mulheres, "através de divisas estaduais e fronteiras internacionais".
Profissionais do sexo teriam sido drogados pelo rapper. As vítimas foram dopadas para ficarem "obedientes e dóceis", segundo o Tribunal Distrital do Sul de Nova York, que emitiu a acusação.
Cenas eram filmadas e usadas para chantagear as vítimas. Os quartos de hotel estariam equipados com "mais de 1.000 frascos de óleo de bebê e lubrificante".
A acusação diz que Diddy fundou uma "empresa" do crime. Segundo o documento, os funcionários da "Combs Entreprise" estavam diretamente envolvidos na logística dos "freak-offs".
Diddy continuará preso até o seu julgamento. Os advogados tentaram apelar da decisão e ofereceram o pagamento de uma fiança, que foi negada.