'Rainha da Sucata' chega ao streaming! Relembre a trama e seus perrengues
A novela "Rainha da Sucata" (Globo), exibida originalmente em 1990, chega ao Globoplay nesta segunda-feira (7) através do Projeto Resgate.
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Qual é a história de 'Rainha da Sucata'?
"Rainha da Sucata" foi a primeira novela das oito do autor Silvio de Abreu. Antes disso, ele havia escrito sucessos no horário das sete da Globo, como "Cambalacho" e "Guerra dos Sexos".
A novela se passa em São Paulo e mostra o universo dos novos-ricos e da decadente elite paulista. Esse contraponto é retratado através de duas personagens femininas, a emergente Maria do Carmo (Regina Duarte) e a socialite falida Laurinha Figueroa (Glória Menezes).
A protagonista vivida por Regina Duarte enriquece com os negócios do pai, o vendedor de ferro-velho, Onofre (Lima Duarte), e se torna uma bem-sucedida empresária, mas mantém os hábitos de seu passado humilde. Ela mora com os pais no bairro de Santana, localizado na zona norte da capital paulista.
Maria do Carmo cultiva um amor desde a juventude por Edu Figueroa (Tony Ramos), que a desprezou na adolescência. Agora rica, a mocinha propõe um casamento para ajudar sua família, de origem tradicional, mas à beira da falência.
Ele aceita a proposta, e Maria do Carmo, após o casamento, vai morar no casarão dos Figueroa, nos Jardins, bairro sofisticado de São Paulo. No local, a "sucateira", como é chamada pela vilã, passa a viver um pesadelo por causa de Laurinha, madrasta de Edu, que é obcecada pelo enteado e faz tudo para conquistá-lo
Além disso, Maria do Carmo enfrenta outros problemas. Ela leva um golpe de Renato Maia (Daniel Filho), o administrador de suas empresas, e perde o prédio da Sucata para sua vizinha, Dona Armênia (Aracy Balabanian), uma mulher que se diz a legítima proprietária do imóvel e que sonha ver o prédio no chão, ou "na chon", como a personagem fala.
Início conturbado e colaboração de Gilberto Braga
"Rainha da Sucata" não obteve um grande sucesso de imediato, como lembrou Daniel Filho no livro "O Circo Eletrônico": "Quando a novela abre com muitos personagens, confunde o espectador. Rainha da Sucata é um exemplo disso. Com um elenco estelar e várias tramas paralelas, Silvio de Abreu não queria perder a sua marca, a comédia. Resultado: a mistura de gêneros tumultuou o início da novela. Onde terminava a comédia e iniciava o drama? O público reagiu, no início, com audiência abaixo do desejável".
Porém, Silvio conseguiu fazer os ajustes necessários para "Rainha da Sucata" cair no gosto do público e ser lembrada com um sucesso. "Detectado o problema, Silvio definiu bem os núcleos. Dividiu o humor, o drama e o romance, conseguindo atingir níveis excelentes nos números de audiência. Agora 'Rainha da Sucata' é lembrada como bem-sucedida, mas nós sabemos do sufoco que foi no começo", relembrou Daniel Filho em seu livro.
Em "Biografia da Televisão Brasileira", escrito por Flávio Ricco e José Armando Vannucci, o autor Silvio de Abreu lembrou que recebeu a ajuda de outro novelista, Gilberto Braga. "Ele me ajudou a formatar a novela. Como estava assistindo, apontou os erros e o que precisava ser feito. Separamos os núcleos de comédia e drama e conseguimos achar uma comunicação boa com o telespectador".
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