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Cúmplices de Diddy pagaram vítimas para evitar denúncia, diz advogado

Colaboração para Splash, em São Paulo

08/10/2024 08h28

O advogado do caso de Sean Combs, também conhecido como Diddy, relatou que cúmplices famosos do rapper fizeram acordos com as vítimas para evitar uma denúncia pública envolvendo seus nomes.

O que aconteceu

Tony Buzbee reforçou que algumas celebridades estavam pagando as vítimas com medo de enfrentarem novas acusações. A informação foi relatada ao TMZ.

O advogado criticou quem participou de alguma forma dos crimes de Diddy. "Todo mundo está focado em quais outras celebridades estavam envolvidas, quem vai ser nomeado, quem vai ser exposto. Não espero que isso aconteça esta semana. Queremos ter certeza de que, se nomearmos pessoas além de Combs, faremos nossa lição de casa, porque isso criará uma tempestade de fogo. Se você estava lá na sala, participou, viu acontecer e não disse nada ou ajudou a encobrir, na minha opinião, você tem um problema."

Ele ainda contou que cobrou algumas celebridades envolvidas. "Em todos os casos, especialmente em casos como esse... porque é do melhor interesse da vítima, tentamos resolver essas questões sem abrir um processo público e já fizemos isso com alguns indivíduos, muitos dos quais você já ouviu falar", ressaltou.

Entenda o caso

Sean "Diddy" Combs, rapper e empresário, foi preso em 16 de setembro acusado de tráfico sexual, extorsão e outros crimes, como abuso, trabalho forçado e sequestro. Ele se declarou inocente, e seu advogado alega que as acusações são falsas.

Crimes eram cometidos em orgias violentas, os "freak-offs". O termo é uma expressão informal, utilizada pela polícia devido à singularidade do caso: um "freak-off" é um "surto", uma competição ou desafio entre pessoas que estão mostrando suas habilidades únicas ou excêntricas. A palavra foi citada pela primeira vez pelas vítimas — ao menos oito pessoas entraram na Justiça contra o rapper.

A acusação diz que Diddy estaria envolvido em tráfico humano. Segundo o documento, os "freak-offs" eram organizados pelo rapper e sua equipe, muitas vezes transportando prostitutas, homens e mulheres, "através de divisas estaduais e fronteiras internacionais".

Profissionais do sexo teriam sido drogados pelo rapper. As vítimas foram dopadas para ficarem "obedientes e dóceis", segundo o Tribunal Distrital do Sul de Nova York, que emitiu a acusação.

Cenas eram filmadas e usadas para chantagear as vítimas. Os quartos de hotel estariam equipados com "mais de 1.000 frascos de óleo de bebê e lubrificante".

A acusação diz que Diddy fundou uma "empresa" do crime. Segundo o documento, os funcionários da "Combs Entreprise" estavam diretamente envolvidos na logística dos "freak-offs".

Diddy continuará preso até o seu julgamento. Os advogados tentaram apelar da decisão e ofereceram o pagamento de uma fiança, que foi negada.

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