Tuca Andrada é detonado após 'apoiar' violência doméstica a Cíntia Chagas
Tuca Andrada foi muito criticado após dizer que "dá um gostinho especial" Cíntia Chagas, 41, precisar da Lei Maria da Penha.
O que aconteceu
No X (antigo Twitter) o ator mencionou que a influenciadora é antifeminista, e, por isso, achava bom ela precisar da Lei.
Dá um gostinho especial ver tipos como Cintia Chagas, antifeminista e submissa, precisando da Lei Maria da Penha.
-- Tuca Andrada (@TucaAndrada3) October 10, 2024
Num dá?
Cintia Chagas vive fazendo vídeo se declarando antifeminisa e feliz por ser submissa ao macho. Levou umas porradas do canalha com quem era casada e agora é mais uma vítima que precisa recorrer a Lei Mria da Penha. Tenho pena? Não
-- Tuca Andrada (@TucaAndrada3) October 10, 2024
Phodace ela.
Tuca começou a ser refutado por diversas pessoas, mas ressaltou a opinião. Ele disse "não ter dó" de Cíntia.
Ela merece sim
-- Tuca Andrada (@TucaAndrada3) October 10, 2024
Sendo atacado pelos fofinhos "gratiluz" por escrever que não tenho nenhum dó de Cintia Chagas.
-- Tuca Andrada (@TucaAndrada3) October 11, 2024
NÃO TENHO MESMO.
Uma irresponsável q influencia milhares de mulheres a serem antifeministas e submissas a seus maridos, numa sociedade com altas taxas de feminicidios.
Dane-se 🫶🫶🫶
Paola Carosella está entre as críticas. Ela falou que o comentário foi espantoso.
Q comentário espantoso
-- Paola Carosella (@PaolaCarosella) October 12, 2024
O ator disse que não comemora que a influenciadora "tenha apanhado" mas que não é hipócrita. "Comemoro ela ter sido vítima do discurso que ela apoia e propaga. Discurso que coloca a agressão e assassinato de mulheres, no Brasil, em níveis estratosféricos. Não sou hipócrita de negar que quando li a notícia pensei: bem feito", escreveu Tuca no Threads.
Denúncia de Cíntia Chagas
Cíntia Chagas registrou um boletim de ocorrência com base na Lei Maria da Penha e conseguiu uma medida protetiva contra o ex-marido, o deputado estadual Lucas Bove (PL-SP).
A influenciadora foi à delegacia em 4 de setembro, onde registrou violência psicológica e ameaça. Cíntia relatou um relacionamento abusivo, com ciúmes, possessividade e necessidade de controle do político. Splash teve acesso ao documento.
A palestrante disse à polícia que era constantemente requerida a fornecer sua localização e provas do paradeiro ao ex-marido. Segundo ela, Lucas pedia fotos, ligações de vídeo, notas de hotel, entre outras provas.
Cíntia também relatou que o deputado era extremamente ciumento e por diversas vezes a xingava com nomes de baixo calão. Conforme informado no boletim de ocorrência, ele a teria proibido de frequentar a academia, por exemplo.
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Quero receberEntre as agressões físicas, Lucas teria jogado uma garrafa de água e uma faca na direção de Cíntia. A violência também teria sido patrimonial, com o deputado expulsando a ex-mulher de casa e a impedindo de resgatar alguns itens pessoais. Ele ainda teria tentando obrigá-la a assinar um contrato após o fim da união.
A Justiça de São Paulo deferiu o pedido de medida protetiva feito pela influenciadora. Lucas deve ficar no mínimo a 300 m de distância de Cíntia, não pode contatá-la por qualquer meio de comunicação e nem a mencionar nas redes sociais.
Cíntia se desculpou por defender submissão feminina
Cíntia agradeceu à Coalizão Feminista, que emitiu carta em seu apoio. "Em vez de me execrarem publicamente, deram-me apoio. Confesso que estou surpresa e emocionada... Senti-me abraçada. Muito, muito, muito obrigada", declarou, em texto compartilhado nos stories de seu Instagram.
Denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 180 e denuncie.
Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — a Central de Atendimento à Mulher, que funciona em todo o país e no exterior, 24 horas por dia. A ligação é gratuita. O serviço recebe denúncias, dá orientação de especialistas e faz encaminhamento para serviços de proteção e auxílio psicológico. O contato também pode ser feito pelo WhatsApp no número (61) 99656-5008.
A denúncia também pode ser feita pelo Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
Há ainda o aplicativo Direitos Humanos Brasil e a página da Ouvidoria Nacional de Diretos Humanos (ONDH) do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH). Vítimas de violência doméstica podem fazer a denúncia em até seis meses.
Caso esteja se sentindo em risco, a vítima pode solicitar uma medida protetiva de urgência.
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