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OpiniãoRock

Babymetal faz estreia bombástica no Brasil e rouba a cena no Knotfest

Foi só acabar o show da banda brasileira Korzus, no palco menor do Knotfest 2024, para se erguerem bandeiras e gritos exasperados de "Babymetal" vindos especialmente das arquibancadas.

Parecia que era chegada a hora que parte do público tanto estava esperando. Muito antes de entrar a clássica introdução em vídeo explicando a mitologia do deus raposa por trás do hypado trio japonês, o jogo já estava ganho, mostrando um tipo de empolgação que, neste festival, só foi vista até o momento com a própria banda principal.

As meninas corresponderam, chegaram com pinta de protagonistas e fizeram um show empolgante e divertido até para quem aparentava nem entender direito o que estava acontecendo e, no fim das contas, o que diabos deve ser o tal do kawaii metal.

E mesmo sem a superprodução visual de palco com luzes e pirotecnia com a qual contam nos shows japoneses, por exemplo, elas fizeram uma apresentação para surpreender qualquer veterano (que Dick Siebert, o lendário baixista do Korzus, não pense que não o vimos ali, no cantinho, acompanhando entre surpreso e empolgado).

METAL PARA ALTINHOS E BAIXINHOS

Um fenômeno surpreendente foi perceber a quantidade não apenas de pré-adolescentes, mas também de crianças, devidamente acompanhadas pelos pais, trazidas para ver especificamente o Babymetal. As camisetas denunciavam - e as três cantoras devolviam o carinho distribuindo sorrisos abertos, acenos e o seu chifrinho particular do metal, que incorporado às suas muitas coreografias algo espaciais, parece até um aceno mágico saído de algum anime.

FALANDO A LÍNGUA DA MÚSICA

Ainda que algumas das canções que a vocalista principal, Su-metal, canta tenham trechos em inglês, elas são em sua maioria letras em japonês mesmo - algo que pareceu longe de ser um problema para o público, aliás.

Esta participação ativa, por sinal, foi responsável por dar um sabor a mais para "Ratatata", hit atual da banda que trouxe apenas a participação gravada dos alemães do Electric Callboy. A música, de refrão com potencial contagiante, podia ter soado vazia, mas os brasileiros se encarregaram do serviço e transformaram este no ponto alto da apresentação.

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UM SLIPKNOT PARTICULAR

Uma coisa é importante reforçar - o talento da banda de apoio do Babymetal. Trajados com macacões e mascarados tal qual o próprio Slipknot (ou, quem sabe, como a primeiríssima versão dos ghouls do Ghost), eles são a cozinha que as meninas realmente precisam enquanto enfeitiçam a audiência com suas performances.

Basta ver a pancadaria brutal que músicos como o baterista Hideki Aoyama (que costuma acompanhá-las ao vivo) entregaram em "Gimme Chocolate!!" ou mesmo em "BxMxC", que se tornou praticamente um death metal.

Opinião

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