Silvio e Mion: Sterblitch usa inspirações para viver apresentador em novela

Eduardo Sterblitch, 37, se prepara para viver um apresentador popular em "Garota do Momento", trama que se passa em 1958, época em que a TV dava os primeiros passos no Brasil. A nova novela das 6 da Globo estreia no dia 4 de novembro e vai substituir "No Rancho Fundo".

Luz, câmera e ação

Sterblitch vai ser Alfredo, o dono do canal de TV Ondas do Mar e apresentador do Alfredo Honório Show , um programa de auditório de sucesso da pequena emissora fluminense. Sujeito simpático, alegre, extrovertido, que ama o trabalho que faz e trata os funcionários com respeito e empolgação. É casado com Teresa (Maria Eduarda de Carvalho) e sua maior preocupação é a felicidade da filha, Eugênia (Klara Castanho).

Para viver o personagem, ele buscou referências em apresentadores da atualidade e, claro, nos ícones do passado. "A gente fala que ele é o precursor do Flávio Cavalcanti e do Chacrinha", diz Natalia Grimberg, direção artística da trama

Tentei fazer uma brincadeira com uma mistura de todos os arquétipos [de apresentadores] que já conheci e vi num personagem só. E o mais difícil é fazer com que ele se comunique de verdade com quem está assistindo. Eu não poderia reproduzir ou imitar uma coisa. Eu precisava realmente fazer um personagem que se comunicasse diretamente com quem estivesse assistindo... Estou pegando referências de vários apresentadores: Hebe, Raul Gil, Marcos Mion, Silvio [Santos], Chacrinha... Eduardo Sterblitch

Sterblitch, aliás, já interpretou Chacrinha no filme "Chacrinha: O Velho Guerreiro" (2018). "Já fiz o Chacrinha jovem, então, já estudei bastante sobre essa época e televisão".

Alfredo Honório (Eduardo Sterblitch) e Eugênia (Klara Castanho) em 'Garota do Momento'
Alfredo Honório (Eduardo Sterblitch) e Eugênia (Klara Castanho) em 'Garota do Momento' Imagem: Fábio Rocha e Beatriz Damy/Globo

Qual é a história da novela?

"Garota do Momento" gira em torno de Beatriz (Duda Santos), uma jovem que busca se reconciliar com seu passado. Criada pela avó paterna desde os quatro anos, em Petrópolis, na região serrana fluminense, ela decide embarcar para o Rio de Janeiro ao se deparar com uma foto de sua mãe, Clarice (Carol Castro), em uma revista.

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A prova de que a mãe está viva impulsiona Beatriz a tentar reencontrar essa figura que acredita ter causado tanta tristeza por tê-la abandonado. Nessa nova fase na capital, ela recebe uma proposta para se tornar garota-propaganda de uma das maiores fábricas de sabonete do país, o que revoluciona a publicidade daqueles tempos.

O que ela não sabe é que nada dessa situação com a mãe foi intencional. Quando Beatriz tinha quatro anos, Clarice —viúva que ganhava a vida como lavadeira, mas com talento para a pintura— viajou para a capital na tentativa de participar de uma exposição em uma galeria de arte.

Em função de um grave acidente, ela perdeu parte da memória. Como se lembrava apenas de que tinha uma filha, seu marido, o inescrupuloso empresário Juliano (Fabio Assunção), aproveitou-se da situação e entregou a Clarice outra menina para criar, afirmando ser a filha dela, por isso, batizada com o mesmo nome.

Após 16 anos, Beatriz terá que lidar com essas descobertas e outros desafios. Quando chega ao Rio, encontra uma cidade pulsante, com seus bailes glamourosos, o Carnaval de rua e as rodas de samba. Ela é acolhida, faz novas amizades e até se apaixona.

Apesar de localizar Clarice, a reaproximação não será fácil. No seu caminho, estarão pessoas como a mimada e autocentrada, Bia (Maisa) —a menina que foi criada em seu lugar— e seu pai, Juliano, justamente o dono da empresa de sabonetes que representa a possibilidade de uma vida nova para Beatriz. Para piorar, o rapaz por quem ela se apaixona, Beto (Pedro Novaes), é o mesmo por quem Bia está interessada.

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