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'Maníaco do Parque' narra horror sem fetichizar assassino: 'Olhar feminino'

Silvero Pereira, protagonista de "Maníaco do Parque", diz que o novo filme da Amazon Prime evita "revitimizar" as mulheres mortas pelo serial killer Francisco de Assis Pereira, sem "fetichiza-lo".

Essa é uma tragédia na história brasileira, e o cuidado principal é o de 'como contar essa história'. Não estamos falando só da história do Francisco exclusivamente, mas das vítimas e familiares dessas pessoas que ainda sofrem. Silvero Pereira

O novo filme traz uma personagem ficcional na história, uma jornalista que se debruça sobre o caso, e que dá um "olhar feminino" sobre ele. Além da personagem, a produção contou com uma coordenadora de intimidade, uma psicóloga e uma preparadora no time, diz Silvero.

Para o ator, ao fazer essas escolhas, o filme tem o poder de retratar duas violências: a do serial killer e a que as mulheres sofrem diariamente na sociedade. "É um ponto de vista que precisa ser visto, e não revitimizado".

Ator diz ser o papel mais assustador da carreira: 'Detox diário'

Silvero também diz que esse é um dos papéis mais assustadores de sua carreira, e que fazia "detox diários" quando saia do set de filmagens.

Foi um trabalho bem técnico. Eu entrava no set, executava a cena, e ao cortar a câmera, minha vida era completamente diferente. Voltava para a vida normal. Ia me divertir, contar uma piada, ver amigos, ir para uma balada, mas não me envolver com essa história Silvero Pereira

O ator conta que todas as cenas de violência da série foram gravadas no mesmo dia. "Terminou a gravação, set encerrou, fui para o show da Gloria Groove. Fui para um lugar completamente diferente daquilo em cena, para fazer esse detox, e acho isso importante", diz. "Não levo trabalho para a casa".

Ainda na fase de estudo do caso, ela conta que foi construída uma "rede de amparo" entre os envolvidos no filme. "Tínhamos uma psicóloga disponível 100% para o momento que precisássemos, e uma preparadora de elenco, que foi uma das melhores com que já trabalhei. Me senti muito seguro e tivemos meses de conversa", conta.

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'Ainda Estou Aqui' surpreende, rompe bolhas e tem chance real no Oscar

Exibido na 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, "Ainda Estou Aqui" é "uma pancada".

Com Fernanda Torres no elenco, o filme de Walter Salles é "lindo" e "tudo isso que estão falando", diz Vitor Búrigo. "É um filme histórico, familiar, de amor, afetuoso", avalia. "Tem uma chance real no Oscar".

O filme acompanha a família Paiva, com Rubens, Eunice e seus cinco filhos, no início da década de 1970, quando o Brasil enfrentava o endurecimento da ditadura militar. "O filme vai te pegando aos poucos. É arrebatador", avalia.

O cinema brasileiro, com 'Ainda Estou Aqui', está furando uma bolha de só um grupo de cinéfilos e críticos. Está rolando uma comoção muito bonita, vemos um público geral curioso para ver esse filme Vitor Búrigo

'Maníaco do Parque' desvenda horror sem fetichizar serial killer: 'Olhar feminino'

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Apresentado por Flavia Guerra e Vitor Búrigo, Plano Geral é exibido às quartas-feiras, às 11h, no canal de Splash no YouTube e na home do UOL, com as principais notícias sobre cinema e streaming. Você pode ainda ouvi-lo no Spotify, Apple Podcasts e Google Podcasts.

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