Al Pacino doou todo cachê de um de seus filmes mais polêmicos para caridade
O ator Al Pacino, 84, que tem no currículo sucessos como "O Poderoso Chefão" (1972), "Scarface" (1983) e "Perfume de Mulher" (1992), revelou que decidiu destinar à caridade o salário que recebeu por um de seus filmes mais controversos, o longa "Parceiros da Noite" (1980).
Dirigido por William Friedkin, o longa retrata Pacino como o policial Steve Burns, que se infiltra na comunidade gay de Nova York em uma missão para capturar um assassino em série de homossexuais.
Filme foi alvo de críticas
"Parceiros da Noite" não obteve uma recepção positiva na época de seu lançamento devido à sua representação exagerada, caricata, da cena LGBT+ de Nova York no final dos anos 1970 e início dos anos 1980. Além disso, o filme foi alvo de críticas por sua exposição gráfica da violência contra homossexuais.
Em sua recente autobiografia, "Sonny Boy", Al Pacino reflete sobre a recepção negativa do filme. O ator admitiu que não foi "tão sensível" quanto deveria ao decidir participar da produção e revelou que os produtores do filme o "imploraram" para sair em defesa da obra pelas duras críticas, e ele concordou: "Afinal, eles me pagaram muito dinheiro e eu não iria simplesmente abandoná-los".
Não quis nenhum centavo
Mas eu queria escapar de toda aquela confusão. Eu estava esgotado. Nunca aceitei o pagamento por 'Parceiros da Noite'. Peguei o dinheiro, que era bastante, e o coloquei em um fundo fiduciário irrevogável, ou seja, não havia como recuperá-lo após o depósito Al Pacino, ator
Depois, Al Pacino destinou esse valor para instituições de caridade. "Não sei se isso aliviou minha consciência, mas pelo menos aquele dinheiro gerou algo positivo", escreveu Pacino em seu livro. Ele explicou por que está compartilhando sua decisão agora: "Nunca quis transformar isso em um ato de relações públicas. Apenas desejava que algo bom surgisse daquela experiência."
Sobre o novo livro de Al Pacino
"Sonny boy", o aguardado livro de memórias de Al Pacino, um dos mais famosos atores da história do cinema, foi lançado em 8 de outubro, pela Penguin. No Brasil, o livro chegou às lojas também em outubro, pela Rocco.
"Escrevi Sonny Boy para expressar o que vi e passei na minha vida", diz Al Pacino em entrevista para o site da People. "Foi uma experiência incrivelmente pessoal e reveladora refletir sobre essa jornada e o que a atuação me permitiu fazer e os mundos que ela abriu."
*Com informações de coluna de Splash de 17/03/2024
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