Por que ser fã de empresa de K-pop é uma péssima ideia
Camila Monteiro
Colaboração para Splash, em Pelotas (RS)
29/10/2024 12h55
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As empresas de K-pop nunca tiveram boa fama, seja por processos de exploração de trabalho (SM e ex-integrantes do EXO/Suju), falta de pagamento (IDLE e Cube, por exemplo) ou logística deficiente para vendas e distribuição de discos dos grupos que administram.
Entretanto, nas últimas semanas, SM e HYBE, duas das maiores empresas da indústria, estão no centro de uma série de matérias e discussões judiciais que envolvem a saída de idols de seus grupos por suspeita de abuso sexual, bullying coordenado por fãs (caso de Seunghan, do RIIZE) e por idols (Hanni, do NewJeans).
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E todo esse drama poderia ser evitado se, desde o início, as pessoas não se tornassem fãs de empresas. Ser 'SM fã', 'YG fã', 'JYP fã' ou 'Hybe fã' é algo normalizado no K-pop e transforma a paixão por grupos e idols em discussões sobre 'qual empresa é melhor'.
Não existe nenhuma empresa melhor, apenas a que está sendo mais ou menos investigada e exposta publicamente. Fãs, figuras centrais e essenciais para os grupos, deveriam se movimentar em prol de uma frente que conseguisse direitos legais para os idols, que no fim do dia, são os que mais são afetados por tudo isso.
BIG 3? BIG 4?
Toda semana entramos num ciclo sem fim de discussões sobre as maiores empresas da indústria do K-pop. Originalmente chamadas de Big 3, já faz tempo que a Hybe, com a compra de diversas subsidiárias e, principalmente, com a receita do BTS, que gera um lucro enorme, entrou no hall de gigantes da cena. Não se trata de briga entre fãs, de qual grupo é melhor ou pior, mas as maiores empresas são as que movimentam mais capital. Já a YG, parece cada vez mais distante do BIG.
O problema das empresas
Na última live que fizemos no nosso canal no WhatsApp, Universo K-pop, em parceria com a Revista HIT, conversamos sobre como as empresas possuem dificuldades enormes em administrar tanto fãs locais como globais. Com a expansão cada vez maior das estratégias de marketing e turnês mundiais, as empresas, embora grandes e cada vez mais ricas, são incapazes de compreender as diferenças culturais e demandas distintas que os fãs possuem. Confira a nossa discussão no YouTube!