'Público vai odiar': quem é a vilã de Lilia Cabral em 'Garota do Momento'?

Lilia Cabral, 67, se prepara para estrear a vilã de sua carreira. Pelo menos é o que ela conta sobre a Maristela de "Garota do Momento", trama das 6 que estreia na Globo no dia 4 de novembro.

Amor ou ódio

Ela garante que o público vai odiar a personagem. "Se o público odiar a Maristela, é porque eu, Lilia Cabral, estou fazendo bem. Se o público amar a Maristela, é porque muita gente gosta da Lilia Cabral. Mas eu acredito que o público vai odiar a Maristela. Quero que eles odeiem e amem ao mesmo tempo. Tudo é um jogo".

Ela é ruim, não é boazinha, não é carinhosa, não é fofa. Tem muitos momentos... E só assistindo para entender por que não amar a Maristela. Lilia Cabral

O público, porém, pode amar o visual da personagem, que vive no final da década de 1950 —Lilia se derrete pelas bolsas de grife. "As bolsas são lindas, e eu adoro uma bolsa. Sou apaixonada. Para mim, não é roupa, é bolsa. Desde pequenininha, eu chegava na casa da minha madrinha e ia direto no guarda-roupa dela pegar uma bolsa que ela tinha, de camurça marrom, e ficava andando o dia inteiro para lá e para cá. Pegaria todas as bolsas da Maristela".

Para Splash, ela conta o ritual que faz para começar um novo trabalho. "Desde que comecei a decorar para as novelas, sempre penso no bloco. Se tenho 30 capítulos, penso nesses 30 capítulos como começo, meio e fim. Enquanto não estou com a história totalmente dominada na minha cabeça, não consigo decorar, porque parece que tem sempre alguma coisa falhando. Quando percebo que já dá, compro uma pasta nova e passo todas as minhas anotações para um caderno novo".

Minha casa tem uma estante onde eu guardo todas as minhas agendas de todas as novelas que fiz, praticamente. É gostoso perceber as dificuldades que a gente tinha e agora já não tem. E agora perceber as dificuldades que surgem e que a gente nunca imaginou que poderia passar por elas. Lilia Cabral

Qual é a história de "Garota do Momento"?

"Garota do Momento" gira em torno de Beatriz (Duda Santos), uma jovem que busca se reconciliar com seu passado. Criada pela avó paterna desde os quatro anos, em Petrópolis, na região serrana fluminense, ela decide embarcar para o Rio de Janeiro ao se deparar com uma foto de sua mãe, Clarice (Carol Castro), em uma revista.

Continua após a publicidade

A prova de que a mãe está viva impulsiona Beatriz a tentar reencontrar essa figura que acredita ter causado tanta tristeza por tê-la abandonado. Nessa nova fase na capital, ela recebe uma proposta para se tornar garota-propaganda de uma das maiores fábricas de sabonete do país, o que revoluciona a publicidade daqueles tempos.

O que ela não sabe é que nada dessa situação com a mãe foi intencional. Quando Beatriz tinha quatro anos, Clarice —viúva que ganhava a vida como lavadeira, mas com talento para a pintura— viajou para a capital na tentativa de participar de uma exposição em uma galeria de arte.

Em função de um grave acidente, ela perdeu parte da memória. Como se lembrava apenas de que tinha uma filha, seu marido, o inescrupuloso empresário Juliano (Fabio Assunção), aproveitou-se da situação e entregou a Clarice outra menina para criar, afirmando ser a filha dela, por isso, batizada com o mesmo nome.

Após 16 anos, Beatriz terá que lidar com essas descobertas e outros desafios. Quando chega ao Rio, encontra uma cidade pulsante, com seus bailes glamourosos, o Carnaval de rua e as rodas de samba. Ela é acolhida, faz novas amizades e até se apaixona.

Apesar de localizar Clarice, a reaproximação não será fácil. No seu caminho, estarão pessoas como a mimada e autocentrada, Bia (Maisa) —a menina que foi criada em seu lugar— e seu pai, Juliano, justamente o dono da empresa de sabonetes que representa a possibilidade de uma vida nova para Beatriz. Para piorar, o rapaz por quem ela se apaixona, Beto (Pedro Novaes), é o mesmo por quem Bia está interessada.

Deixe seu comentário

Só para assinantes