Drama, tragédia e política: 'Megalópolis' é filme-testamento de Coppola

"Megalópolis" chega aos cinemas nesta quinta-feira (31) como um "testamento" de Francis Ford Coppola.

O longa acompanha um arquiteto em uma "Nova York do futuro", que quer construir uma cidade mais idealista e humana, integrada com a natureza. "Uma cidade menos dominada pelo capital", explica Flávia Guerra.

Vitor Búrigo diz que o filme é uma "fábula" que tem dividido opiniões. "É uma ópera, um drama, uma tragédia. É tudo ao mesmo tempo. Uma utopia, uma distopia", completa Flávia.

Apontado como o último da carreira de Coppola, o longa atraiu o diretor para divulgar seu novo trabalho no Brasil —e chegou a receber uma homenagem na 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.

É um filme barroco, que atira para todos os lados. É Coppola até o último fio de cabelo. É um filme testamento. Não sei se é o último dele, mas ele colocou tudo o que ele acha de cinema, vida, arte, futuro e mundo nesse filme Flávia Guerra

Irmão de Huck, Grostein quer quebrar tabus com "Entrelaços": "Micropasso"

Uma mistura de documentário e ficção, "Necklace" (Entrelaços) teve sua pré-estreia na 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo como um "musical experimental" sobre saúde mental.

Após "Quebrando o Tabu" (2011), que discutia a descriminalização das drogas, o escritor e diretor Fernando Grostein Andrade (irmão de Luciano Huck) diz, ao lado de seu companheiro de obra Fernando Siqueira, querer tratar de traumas e transtornos. "É um filme que busca quebrar um tabu", explica. "Mas é um outro tipo de tabu: tratar quem enfrenta traumas e transtornos mentais; quem é neurodivergente".

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Falamos de diversidade na pauta LGBTQ+ e na pauta racial, mas existem outros tipos de diversidade, que a sociedade precisa ter carinho. Esse filme é um micropasso nesse sentido, para tratar desse assunto. Fernando Grostein

Flavia Guerra explica que não se trata de um "documentário clássico", já que une à dramaturgia performances com letras de músicas que também comunicam. Inclusive, esse é um projeto de três partes, explica Fernando, formado também por shows e um EP. "Eles se colocam em primeira pessoa (...) e tem imagens dos Estados Unidos e Brasil", diz a comentarista. "A depressão, ansiedade, narcisismo? São pontos tratados para que a gente tenha empatia e conhecimento".

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