Irmão de Huck, Grostein quer quebrar tabus com 'Entrelaços': 'Micropasso'
Colaboração para Splash, em São Paulo
31/10/2024 12h00
Uma mistura de documentário e ficção, "Necklace" ("Entrelaços') teve sua pré-estreia na 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo como um "musical experimental" sobre saúde mental.
O escritor e diretor Fernando Grostein Andrade (irmão de Luciano Huck) diz querer tratar de traumas e transtornos em novo filme. "É um longa que busca quebrar um tabu", explica o diretor ao lado de seu companheiro de obra Fernando Siqueira. "Mas é outro tipo de tabu: tratar quem enfrenta traumas e transtornos mentais; quem é neurodivergente." "Entrelaços" vem depois de "Quebrando o Tabu" (2011), que discutia a descriminalização das drogas.
Falamos de diversidade na pauta LGBTQ+ e na pauta racial, mas existem outros tipos de diversidade, que a sociedade precisa ter carinho. Esse filme é um micropasso nesse sentido, para tratar desse assunto Fernando Grostein
Flavia Guerra explica que não se trata de um "documentário clássico", já que une à dramaturgia com letras de músicas que se comunicam. Inclusive, esse é um projeto de três partes, explica Fernando, formado também por shows e um EP. "Eles se colocam em primeira pessoa (...) e tem imagens dos Estados Unidos e Brasil", diz a comentarista. "A depressão, ansiedade, narcisismo? São pontos tratados para que a gente tenha empatia e conhecimento."
Drama, tragédia e política: 'Megalópolis' é 'filme testamento' de Coppola
"Megalópolis" chega aos cinemas nesta quinta-feira (31) como um "testamento" de Francis Ford Coppola. O longa acompanha um arquiteto futurista em uma "Nova York do futuro", que quer construir uma cidade mais idealista e humana, integrada com a natureza. "Uma cidade menos dominada pelo capital", explica Flávia Guerra.
Vitor Búrigo diz que o filme é uma "fábula" que tem dividido opiniões. "É uma ópera, um drama, uma tragédia. É tudo ao mesmo tempo. Uma utopia, uma distopia", completa Flávia.
Apontado como o último da carreira de Coppola, o longa atraiu o diretor para divulgar seu novo trabalho no Brasil. O cineasta recebeu uma homenagem na 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo.
É um filme barroco, que atira para todos os lados. É Coppola até o último fio de cabelo. É um filme testamento. Não sei se é o último dele, mas ele colocou tudo o que ele acha de cinema, vida, arte, futuro e mundo. Flávia Guerra
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