Conteúdo publicado há 28 dias

Sobrinho de rapper do Facção Central é morto por PM em OXXO

Gabriel Renan da Silva Soares, sobrinho do rapper Eduardo Taddeo (ex-integrante do grupo Facção Central), foi morto por um policial militar de folga no domingo (3).

O que aconteceu

Crime aconteceu em frente ao mercado OXXO localizado na Avenida Cupecê, no Jardim Prudência, zona sul de São Paulo. Ele tinha 26 anos.

Taddeo, por meio de um vídeo publicado no Instagram, denunciou a morte do sobrinho e a ação do policial. "Mataram meu sobrinho com oito tiros, porque acusaram ele de vir furtar aqui. E nessa deram oito tiros, e os oito tiros ficarão como legítima defesa."

Rapper ainda criticou a violência policial contra jovens negros e periféricos, afirmando que o PM deverá ser absolvido, e que a ação será considerada legítima defesa. "Se você é favelado, ó, não cola nessa po***. Não gasta seu dinheiro, não enriquece quem mata nossa gente", concluiu.

Secretaria de Segurança Pública de São Paulo emitiu uma nota afirmando que as circunstâncias do caso estão sendo investigadas pela Divisão de Homicídios do DHPP. A SSP também informou que exames periciais foram solicitados e que outras diligências estão sendo realizadas para esclarecer os fatos.

Fátima Taddeo, tia de Gabriel, contestou a versão do PM em entrevista à Ponte Jornalismo. Ela questiona a necessidade de oito disparos se o jovem não estava armado. "Eles precisaram de oito tiros para ver que o Gabriel não estava armado?". Fátima ainda afirmou que "tiro no rosto é para matar".

Tia também relatou que Gabriel lutava contra o vício em K, uma droga cujos efeitos da abstinência são dolorosos. Segundo ela, o sobrinho, sob efeito da droga, não teria condições de reagir. O corpo de Gabriel só foi removido do local na manhã de segunda-feira (4).

Procurado por Splash, o OXXO afirmou que pauta as ações no respeito às pessoas e lamenta profundamente o ocorrido. "A rede informa que seus colaboradores acionaram imediatamente as autoridades e que as imagens do sistema de segurança estão à disposição dos órgãos competentes a fim de contribuir com a investigação."

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