Conteúdo publicado há 1 mês

Luana Piovani defende fim da escala 6x1 e pede empatia com quem não é rico

Luana Piovani, 48, se manifestou a favor do fim da escala 6x1 de trabalho, tema que tem dominado as redes sociais de anônimos e famosos no Brasil.

O que aconteceu

Piovani pediu empatia das elites em relação aos mais pobres. "Estou querendo entender por que todo mundo que é rico é de direita e não consegue ter empatia, compaixão pelos seus semelhantes que não ricos, milionários, bilionários", declarou nos stories de seu perfil no Instagram.

A atriz cobrou maior consciência de classe para compreender a demanda dos trabalhadores celetistas. "Não é possível que as pessoas não tenham consciência de classe, não tenham generosidade, empatia, sororidade, compaixão".

Luana, que atualmente mora em Portugal, mas vem ao Brasil para gravar seu programa, explicou que os funcionários trabalham na escala 5x2, mas são bem pagos. "A gente trabalha 11 horas por dia, mas é outra coisa, tá? É um outro tipo de trabalho e é todo mundo remunerado, bem-remunerado e feliz. Mas vocês imaginam quem trabalha arduamente, quem pega duas conduções, leva três horas para chegar no trabalho, quem não tem apoio em casa de funcionária, quem tem que chegar em casa do trabalho, fazer o jantar, lavar a louça, cuidar do menino, dar banho, botar para dormir, acordar, quatro horas da manhã para ir trabalhar de novo. Como é que ninguém pensa no pessoal, gente? Eu não posso conceber".

Diversos famosos como Felipe Neto e Valesca Popozuda também se manifestaram em defesa do projeto que acaba com a escala 6x1. Outras personalidades como Leo Picon se posicionaram contra e em defesa dos empresários.

Fim da escala 6x1

Um dos principais assuntos nas redes sociais nos últimos dias, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que prevê o fim da escala de trabalho 6x1 — seis dias de trabalho para um de descanso — vem ganhando força na Câmara dos Deputados.

A proposta, na verdade, prevê expediente máximo de quatro dias por semana, oito horas diárias e 36 horas semanais. Ela foi apresentada pela deputada Erika Hilton (PSOL) em maio. Uma jornada de oito horas diárias em quatro dias por semana, porém, soma 32 horas semanais, e não 36. O UOL questionou a deputada sobre o motivo da divergência e aguarda resposta.

Continua após a publicidade

Atualmente, a lei prevê que a duração do trabalho não pode ser superior a oito horas diárias e 44 horas semanais. Ou seja, a atual legislação não proíbe seis dias de trabalho por semana, desde que não ultrapassem as horas previstas.

Para começar a tramitar, a proposta precisa de 171 assinaturas. Em entrevista ao UOL News nesta segunda-feira (11), a deputada afirmou que ela já tem mais de cem assinaturas e que a PEC deve alcançar as 171 necessárias para ser apresentada à Mesa Diretora da Câmara dos Deputados ainda esta semana.

Se chegar a tramitar, a PEC precisa dos votos de três quintos dos deputados para passar na Câmara. Depois, vai para o Senado, onde também precisa de três quintos dos votos. Em caso de aprovação pelo Congresso, o projeto entra em vigor em até 360 dias —quase um ano.

Iniciativa encampada por Erika Hilton é baseada em proposta do vereador eleito do PSOL. Rick Azevedo foi o vereador mais votado da sigla neste ano e vai ocupar uma cadeira na Câmara Municipal do Rio. Ele ganhou notoriedade nas redes como fundador do Movimento Vida Além do Trabalho, que defende o fim da escala 6x1.

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.