Fama de antipática é por ser original, diz Paula Fernandes: 'Não sou falsa'
Paula Fernandes, 40, abriu a primeira noite de shows do cruzeiro temático de Zezé Di Camargo e aproveitou a ocasião para comentar a repercussão de seu desabafo recente sobre a fama de antipática. A cantora afirmou que paga um preço alto por ser autêntica, mas que não abre
mão de sua originalidade.A polêmica da antipatia
Paula viralizou durante a semana ao expressar sua insatisfação com os rótulos que carrega. "Estou de saco cheio. Não existem provas para dizerem que sou antipática", afirma. Em conversa com jornalistas no navio, ela lamentou os frequentes "cancelamentos gratuitos" e criticou a distorção de suas falas nas redes sociais.
As pessoas não conhecem a verdadeira Paula Fernandes porque o sistema, de certa forma, nos faz esconder. Hoje, o cancelamento é tão gratuito, se você fala 'A', a pessoa entende 'B' e já não vai gostar. Essa pressão que a sociedade coloca oprime quem é original. Sempre fui muito original. Paula Fernandes
A cantora ressaltou que prefere ser honesta e verdadeira, mesmo que isso traga desafios. "Ninguém pode chamá-la de 'vaselina' ou 'falsa'. Minha personalidade sempre foi essa desde pequena. Quando tinha nove anos, me perguntaram com quem eu cantava parecido. Respondi: Ia falar Roberta Miranda, mas virei e falei: 'uai, canto igual eu'.
Pressão estética e amor-próprio
Paula também falou sobre a relação com seu corpo e como superou complexos ligados à pressão estética. Conhecida pela cintura fina que marcou sua carreira, a cantora revelou que, por anos, se escondeu atrás de figurinos e maquiagem para lidar com inseguranças. "Tive que vencer meus complexos diante do público. É um grande desafio. A medida que fui me sentindo mais segura comigo mesma, você se aceita como você é."
Estou tão bem resolvida e feliz, inclusive, com o passar do tempo, inclusive com as marcas de expressão que aparecem com o tempo. Isso me deu tranquilidade e liberdade para me despir do personagem que criei para me proteger. Paula Fernandes
Paula encara essa fase como um processo de desapego. "Não inventei moda com a cintura fina, mas virou marketing. Marquei uma geração, mas agora estou cada vez mais leve, mostrando minha beleza natural e aceitando o que antes me incomodava. Demostrando cada vez mais a minha beleza natural, as minhas marcas, enfim, as coisas que antes me incomodava. Estou feliz e estar feliz expressa tudo."
Nova postura no palco
A artista contou que, com a superação da timidez, passou a se sentir mais à vontade nos palcos. "Dizem que não levo muito jeito [para dancinha]. O que me podava um pouco era a questão da timidez. Aí todo mundo falava: 'Com esse tempo todo de carreira e você tem timidez?, e digo: 'gente, o tímido sofre a vida toda'."
Tem a ver com a aceitação do seu próprio corpo. Não estou preocupada mais. Ah, tem dobrinha? Tá, desculpa a palavra, fod*-se. É assim que eu sou e pronto. O fato de não me preocupar com a opinião do outro é uma forma de me amar. Qual amor que me faz feliz? O meu amor-próprio. Paula Fernandes
Paula finalizou dizendo que a felicidade com sua própria companhia reflete em sua performance e em sua vida pessoal.
É importante falar sobre isso porque não sou só eu. Todos os artistas têm alguma coisinha, mas a gente é humano. Cada um tem o seu talento e muita gente espera uma perfeição do seu ídolo que não existe. Eu sei que tenho o meu talento, mas por trás existe uma pessoa defeituosa e que tem um monte de falhas. Quero que as pessoas entendam que trouxe o meu talento. Paula Fernandes
*O jornalista viajou a convite da organização do evento.
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