Qual a relação de 'Wicked' com 'O Mágico de Oz'? Entenda
De Splash, em São Paulo
21/11/2024 05h30Atualizada em 21/11/2024 07h42
Estreia nos cinemas, nesta quinta-feira (21), "Wicked", primeira adaptação cinematográfica do musical da Broadway que reconta a história de "O Mágico de Oz" sob uma nova perspectiva. Dirigido por Jon M. Chu, o filme é baseado no primeiro ato da peça, que há 21 anos conquista plateias pelo mundo. Segunda parte está prevista para 2025.
Adaptação da adaptação
A jornada de Wicked começa em 1900, com a publicação de "O Maravilhoso Mágico de Oz", de L. Frank Baum. É o primeiro de 14 livros que exploram o universo de Oz. A mais famosa é a de Dorothy, que foi retratada por Judy Garland no cinema, em 1939.
Em 1995, o autor Gregory Maguire publicou uma nova história nesse universo. Em "Wicked" ("Maligna", no Brasil), ele fez uma releitura ousada da origem da Bruxa Má do Oeste, vilã da história de Dorothy. Foi aí que a personagem ganhou um nome: Elphaba Thropp. A Bruxa Boa do Sul se chama Galinda — e, no meio da história, muda seu próprio nome para Glinda.
Na versão de Maguire, a bruxa não é tão má. No livro de 1995, a má fama de Elphaba é um plano político do Mágico de Oz, que na história original já era um charlatão.
Apesar de usar personagens de L. Frank Baum, Maguire não teve problemas com direito autoral. Isso porque "O Maravilhoso Mágico de Oz" está em domínio público desde 1956. O autor teve o cuidado de não incluir no livro referência direta ao filme estrelado por Judy Garland, cujos direitos autorais são válidos até 2035.
Em 2003, Wicked ganhou os palcos da Broadway com música de Stephen Schwartz e texto de Winnie Holzman. O compositor Stephen Schwartz se inspirou em partes do livro de Gregory Maguire para criar a peça estrelada por Idina Menzel (Elphaba) e Kristin Chenoweth (Glinda).
O musical se tornou um sucesso imediato, permanecendo em cartaz por mais de duas décadas. No Brasil, a peça foi montada em 2016 e 2023, em São Paulo. Uma nova temporada foi anunciada para março de 2025 e já tem ingressos à venda. As três montagens têm Myra Ruiz e Fabi Bang nos papéis de Elphaba e Glinda, que também dublam as personagens na versão brasileira do filme.
O diretor Jon M. Chu foi responsável por adaptar a peça para o cinema. O filme musical que chega aos cinemas nesta quinta (21) é uma adaptação do primeiro ato da peça, e a segunda parte está prevista para 2025.