Trio com Duda Beat, arrastão e furtos: como foi a Parada LGBTI+ no Rio
Daniele Dutra
Colaboração para Splash, no Rio
24/11/2024 21h15
As ruas de Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro, ficaram coloridas durante a 29ª edição da Parada do Orgulho LGBTI+. A parada foi marcada pelo show da cantora Duda Beat e do ator da novela "Terra e Paixão", Diego Martins, que precisou interromper a apresentação devido a um arrastão no evento.
O que aconteceu
Duda levou para o trio elétrico sucessos como "Ai que Calor", música nova com Pablo Vittar, e seu hit "Bixinho" à capela, com o público cantando em coro. Pela primeira vez na parada, Duda Beat conversou com Splash e disse que está muito feliz com essa celebração, que além de ser um evento para festejar, também é um dia de luta:
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Estou muito feliz de me reconhecerem como aliada e saberem que podem contar comigo para tudo. Hoje é um dia de celebrar a identidade, celebrar o amor, mas também é um dia de luta, de ocupar espaços e nada melhor do que ocupar a praia de Copacabana com uma bandeira bem colorida, para todo mundo ver esse movimento maravilhoso. Duda Beat
Fã da cantora desde 2019, o estudante Tiago Meira, 19, foi celebrar a Parada pela primeira vez, assim como Duda e direto no trio, perto da artista. "Estou muito feliz, estou nervoso, cheguei aqui cedo. Moro no interior do Rio e isso tudo é diferente de tudo que já vi. Estou muito amando", contou.
A festa começou às 11h, com mais de 10 trios espalhados por toda a orla de Copacabana e mais de um milhão de pessoas, segundo a organização do evento. Além de Duda Beat, artistas como Diego Martins, WD, dono do hit "Eu Sou", e Bianca, voz de "Ai Preto", também subiram no trio 1 para uma participação durante a tarde.
"Essa é a minha primeira participação na parada do Rio. Estou muito emocionado por ser essa representatividade, por saber que outras bichas pretas vão ter um caminho mais encurtado e mais fácil para fazerem suas carreiras também", disse WD. Ele vai lançar música nova em dezembro, com a cantora Marvilla.
Para a cantora Bianca, que vai levar o funk para o evento pela segunda vez, contou à reportagem que o sentimento vai além do que somente o lado profissional. "Estou muito feliz em estar cantando na Parada novamente e essa é uma realização não só como artista, mas como mulher homosexual também. É um evento não só para comemorar, mas é um dia de luta, de resistência", disse a artista.
Durante o evento, políticos e artistas foram até o trio para levar mensagens de apoio, dança e música para animar o público, que marcou presença com fantasias, cores e muito brilho. O ator Luís Miranda também foi prestigiar o evento e contou a Splash que participa desde 1997 da Parada.
Eu fui à primeira Parada Gay de São Paulo, o evento que realmente criou esse movimento. Desde criança venho transformando e fazendo da minha vida um ato de resistência. Isso aqui não é um Carnaval, é uma celebração de luta, de pessoas que morreram pela violência, pessoas que são importantes para nós. É importante celebrar e relembrar que a luta precisa ser diária, que temos que nos unir cada vez mais. Luís Miranda
Arrastão e furtos de celular
Durante as apresentações, ao menos três brigas e confusões foram vistas próximo ao trio 1. Na apresentação do ator Diego Martins, o Kelvin da novela 'Terra e Paixão', um grupo de homens foram vistos em uma briga, enquanto as outras pessoas disseram que havia sido pelo roubo de celular.
Diego precisou interromper o show enquanto um dos organizadores do evento chamava a presença da Polícia Militar. "Gente, nós estamos aqui para ficar em paz, sem brigar. Segurança, Polícia Militar, por favor", disse.
Em outro momento, novamente o cantor precisou parar a apresentação para chamar a Polícia. "Gente, é um arrastão. Polícia. Alguém chama a Polícia", disse Diego.
Durante mais de uma hora de show, Diego cantou "Prazer", sua música, e sucessos de outros artistas, como "Banho de Chuva" (Vanessa da Mata) e "Born this Way" (Lady Gaga). Ele ainda apresentou a coreografia de "Hot to Go", da sensação Chappell Roan.