Homenagem a Erasmo, coro de 'Evidências' e Gil: como foi especial do 'Rei'
Roberto Carlos, 83, subiu ao palco do Allianz Parque, em São Paulo, nesta quarta-feira (27), para a gravação do especial de fim de ano da Globo. A apresentação foi o show de número 50 do artista no canal da família Marinho.
O que aconteceu
Gilberto Gil foi o primeiro convidado da noite. O músico, que em 2025 fará a última grande turnê da carreira, cantou "Vamos Fugir" e "A Paz". O "Rei" agradeceu a presença do amigo, e ainda brincou com a agenda corrida de Gil: "Você é cheio de compromissos".
Show também contou com uma homenagem ao cantor e compositor Erasmo Carlos, que morreu em novembro de 2022. Roberto cantou "Amigo", enquanto o telão mostrava imagens dos dois amigos.
Conexão entre Erasmo e o Rei nasceu da música. Grandes parceiros na Jovem Guarda, a união rendeu alguns dos maiores clássicos da Música Popular Brasileira, como "Quero que vá tudo pro inferno", "Gatinha manhosa", "Como é grande o meu amor por você", "Se você pensa", "Sua estupidez", entre outras.
Na sequência, ele convidou Zeca Pagodinho para subir ao palco. Eles cantaram "Deixa a Vida Me Levar" e "Sonho Meu", clássico de Dona Ivone Lara.
Participação da dupla Chitãozinho e Xororó foi um dos pontos altos da gravação. Eles levaram o público ao delírio quando cantaram "Evidências". "Eles são os caras", disse o Rei, ao apresentar os sertanejos.
As atrizes Sophie Charlotte, Letícia Colin e Dira Paes também subiram ao palco.
Programa também terá a participação de Andrea Bocelli, em um encontro que foi registrado quando o tenor italiano estava no Brasil. A gravação aconteceu em maio deste ano e foi exibida no telão.
Especial conta com direção de Boninho, que está de saída da Globo. A emissora anunciou o fim do contrato em setembro. "Esse aqui vai ser o show, olha só que led fantástico que a gente vai ter", antecipou o diretor, mais cedo.
Em conversa com a imprensa, o diretor falou sobre a diferença dos especiais em estúdio para o atual, gravado em um estádio. "É como você vai entregar o show. É um público de 40 mil pessoas, você tem que ter um palco maior, uma engenharia maior, um desenho maior. Na realidade, é uma adequação pra quem você vai entregar. Ele foi pensado pra 40 mil pessoas e, lógico, no pessoal do sofá também".
O show tá bem bonito, tá? Tem um pouco da lembrança dos 50 anos dele na Globo, algumas memórias que ele gostaria de mostrar. Tem um pouquinho de tudo. É um show que conta a trajetória do Roberto dentro da Globo. Boninho
Renovação de contrato
Negociação para renovação de contrato entre o "Rei" e a Globo ainda não foi finalizada. O vínculo atual vai até março de 2025, segundo apurou a reportagem de Splash.
O músico avalia se vale a pena reduzir o período de contrato após receber sondagens de outros canais de TV e plataformas de streaming interessados no passe do artista. A informação é do jornal O Globo.
Equipe de Roberto negou o fim da parceria após rumores nas redes sociais. A assessoria de imprensa do músico garante que as negociações estão seguindo o curso de sempre.
Programa virou tradição na Globo
Primeiro especial produzido pela emissora foi ao ar em 24 de dezembro de 1974. Desde então, o programa se transformou em uma tradição de fim de ano da Globo, com a participação de grandes nomes da música e artistas contratados pelo canal.
Atração só não foi exibida em duas ocasiões. A primeira foi em 1999, quando Maria Rita, esposa do cantor, estava internada - ela morreu no mesmo ano após enfrentar um câncer. A segunda vez foi em 2020, por causa da pandemia de Covid-19.
RC também comandou outros programas especiais na Globo, a exemplo de "Roberto Carlos In Concert" (1988), "Pavarotti e Roberto Carlos" (1998), "Bossa Nova 50 Anos" (2008), "Elas Cantam Roberto Carlos" (2009), "Especial Roberto Carlos 50 Anos" (2009), "Emoções Sertanejas" (2010) e "Roberto Carlos em Jerusalém" (2011).
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