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Esposa de Maurício Kubrusly diz que ele 'apagou os nomes': 'Só sabe o meu'

Maurício Kubrusly ao lado da esposa, Beatriz Goulart Imagem: Reprodução/Globoplay

Colaboração para Splash, em São Paulo

01/12/2024 22h04

Beatriz Goulart, 63, esposa de Maurício Kubrusly, 79, revelou que o jornalista se esqueceu dos nomes de todas as pessoas, menos do dela.

O que aconteceu

"Única pessoa que ele sabe o nome é o meu. Ele apagou todos os nomes, assim, é um negócio meio forte para mim", relatou Goulart em uma prévia do documentário sobre a vida do jornalista, exibida no Fantástico, neste domingo (1º).

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Goulart destacou que, apesar de não se recordar dos nomes, Kubrusly "gosta de todo mundo". "Ele sempre fica me chamando, quer entender, quer estar junto [...] ele continua gostando de todo mundo, como se fosse apresentado novamente a uma pessoa que ele conhece há 30 anos".

A vida do jornalista será retratada no documentário "Kubrusly: mistério sempre há de pintar por aí", que estreia na próxima quarta-feira (4), no Globoplay.

Kubrusly cogitou eutanásia

Em relato publicado na revista Veja, a esposa dele, Beatriz Goulart, contou que o jornalista pensou em recorrer à eutanásia, mas que ela conseguiu fazê-lo desistir da ideia. "Maurício chegou a mencionar seguir o mesmo caminho escolhido por Antonio Cicero (escritor que fez eutanásia). 'Não tenho mais o que fazer aqui', disparou [ele] certa vez. Eu o demovi da ideia. Não vou ficar viúva, não. Mas estou me preparando para o dia em que ele esquecer meu nome". A eutanásia é proibida no Brasil, mas permitida em países como a Holanda.

Maurício Kubrusly é um dos principais nomes do jornalismo televisivo no Brasil. Em 2023, a família dele tornou público seu diagnóstico de DFT (demência fronto-temporal), problema de saúde que ele enfrenta há sete anos. O ator Bruce Willis também foi diagnosticado com a doença.

DFT guarda semelhanças com o Alzheimer. No entanto, a demência fronto-temporal tem características distintas, como afasia e modificações comportamentais. Essa forma de demência pode se manifestar a partir dos 45 anos e, até o momento, não possui cura conhecida, sendo tratável apenas em relação aos sintomas.

Diferentemente do Alzheimer, a DFT não impacta predominantemente a memória, mas, sim, ocasiona primordialmente mudanças no comportamento, como uma alteração na personalidade da pessoa afetada. A idade também desempenha um papel diferenciador, visto que a DFT atinge uma parcela da população extremamente ativa, geralmente entre os 45 e 65 anos, enquanto o risco de desenvolver Alzheimer aumenta a partir dos 65 anos.

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