Galisteu e a sombra do mito: a difícil relação com a família Senna
Adriane Galisteu, 51, falou a respeito da curta aparição na série "Senna" (Netflix), que retrata a trajetória de Ayrton Senna (1960-1994).
Meu relacionamento com ele foi o último ano e meio da vida dele. Porém, foi ao meu lado, e essa história também me pertence. E também foi uma história vivida intensamente, cheia de amor, cheia de diversão. Um Ayrton completamente diferente daquilo que vocês já viram. Galisteu, por meio de vídeo no Instagram
A história de amor entre a apresentadora e o piloto voltou aos holofotes após a estreia da série. Um detalhe, no entanto, ainda desperta a atenção do público: a difícil relação da apresentadora com a família Senna.
Plataforma de streaming limitou a participação de Galisteu em cerca de dois minutos de história, apesar de ela ter sido o último amor do piloto. Vale lembrar que a família do ídolo não gostaria nem que a apresentadora fosse citada na produção.
A família não gostava dela. Ela era uma pessoa muito diferente da família. É claro que o Ayrton estava um pouco preocupado e chateado dentro da família dele com a mulher que ele escolheu. Flávio Gomes, em entrevista à Band, em 1997
Famosa relata um episódio que a deixou confusa. Após a morte de Roland Ratzenberger, ela se preocupou em confortar a família do namorado, mas percebeu um distanciamento por parte deles.
Ligava para a família e a empregada da fazenda atendia? Eu queria estar próxima, fosse como fosse. Impossível. Comecei a estranhar.
Adriane, no livro "Caminho das Borboletas" (1994)
Livro de 1994 sugere que a relação com os irmãos de Senna, Viviane e Leonardo, era cordial, mas não tão próxima quanto com Neyde Senna da Silva, mãe do piloto, e Antonio Carlos de Almeida Braga, empresário. Ela volta a falar sobre a família do ex-namorado em entrevista à Veja, em agosto de 2024.
Tantas coisas aconteceram naquela época, eu era uma menina muito diferente da mulher que sou hoje. E, durante o ano e meio que eu vivi com ele, a gente esteve no Brasil muito pouco. Convivemos pouco com a família dele, que não sabia direito quem eu era, de onde eu vim, para onde eu ia e do que seria capaz. Eu era enigmática, acho que faltou conversa e me conhecer de fato. Mas o tempo passou, e eu sempre respeitei a família dele.
'Se ela precisa de dinheiro, deveria trabalhar'
Irmã de Senna fez duras críticas a Galisteu em entrevista ao semanário francês "Paris Match" - cerca de dois anos após a morte do irmão. "Se ela precisa de dinheiro, deveria trabalhar, como todo mundo, e parar de explorar a imagem de um morto", disse a empresária.
À época, ela citou as fotos para a Playboy e o livro "Caminhos das Borboletas - Meus 405 Dias ao Lado de Ayrton Senna". "Não posso evocar os problemas que essa moça causou à nossa família e que determinaram nossa posição. Pois, se o fizesse, exporia certos aspectos da vida privada de Adriane. E eu não tenho esse direito."
Empresária também rejeitou publicamente a imagem da apresentadora como "viúva". "Ayrton queria formar um lar, mas não tinha encontrado a mulher ideal [...] Ela era apenas sua namoradinha do momento, como muitas outras antes dela".
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Adriane também foi entrevistada pela mesma publicação. À época, ela afirmou que, se estivesse vivo, o ex-namorado não teria concordado com as fotos para a Playboy. A contratada da Record explicou que já havia posado para a revista antes de começar o namoro com o piloto.
Ayrton foi à direção da revista para recuperar todos os negativos. Quando ele estava vivo, eu não fazia nada que pudesse desagradá-lo, mas, hoje, devo seguir em frente. Tenho 23 anos e não posso viver eternamente no passado. Galisteu
Apresentadora comprou um apartamento nos Jardins, zona oeste de São Paulo, com o cachê da revista. Ela também disse que escreveu o livro porque estava sem dinheiro na época. "Eu estava sem dinheiro e seria indecente, dois meses após sua morte, eu aparecer novamente, sorridente, na capa das revistas."
Galisteu demonstrou interesse em conversar com a irmã de Senna, durante entrevista ao documentário "Barras Invisíveis", em agosto deste ano. "Se a Viviane Senna tocar meu telefone agora e pedir para tomar um café comigo, eu largo tudo e vou lá", declarou a apresentadora.
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