Paixão interrompida: o futuro que Adriane Galisteu planejava com Senna
A história de Adriane Galisteu e Ayrton Senna, interrompida tragicamente pelo acidente em Ímola, era repleta de planos para o futuro. O relacionamento voltou aos holofotes após a estreia da série "Senna" (Netflix).
O livro "Caminho das Borboletas" (1994), que narra os 405 dias de relacionamento do casal, revela o desejo deles de construir uma vida juntos, com viagens, casamento e a promessa de "felicidade plena".
Adriane Galisteu descreve os momentos de felicidade e cumplicidade que dividiam em Angra dos Reis. O local era um refúgio para Senna, onde ele podia se desligar da pressão do automobilismo e se entregar ao relacionamento. "Angra tinha um poder curativo sobre ele. Angra grau zero de adrenalina."
Foi à cidade fluminense onde, em meio a uma noite romântica, o piloto a pediu em casamento. Segundo o livro, ele fala sobre a "magia" entre eles e expressa o desejo de se casar em uma igrejinha na praia. A apresentadora, porém, não respondeu ao pedido naquele momento.
'Quer casar comigo? Tem uma igrejinha aqui na Praia da Gipóia. É só juntar as testemunhas e ir até lá', continuou a falar. E a dizer que era tudo muito especial, que existia uma magia entre nós e que isso não era um sentimento que ele tivesse em qualquer momento. Adriane Galisteu
Casal planejava passar a temporada europeia de Fórmula 1 juntos, em Portugal, na casa que dividiam no condomínio da Quinta do Lago. "Era uma bagagem e tanto, a ideia era essa, acompanhar com ele todos os cinco meses da temporada europeia", conta Adriane, no livro.
Ayrton queria ter filhos. "O Ayrton morreu sem realizar três sonhos: correr na Ferrari, conhecer a Disney e ter um filho. Esses eram os sonhos dele. Eu, com minha meninice toda, falava para ele: 'Bora para Disney'. Imagine eu, pobre, sempre sonhei, via o clube do Mickey, eu falava: 'Se é seu sonho, é o meu também'. E ele falava: 'Calma que eu tenho que fazer não sei o quê'", contou a Galisteu, em entrevista Ticaracaticast.
Galisteu foi o "grande amor de Ayrton Senna", segundo o jornalista Lemyr Martins, autor do livro "Uma estrela chamada Senna", apontado em documentário da BBC. A apresentadora "poderia ter sido mãe dos filhos" de Senna se não fosse o acidente, conforme o relato do autor.
Morte do piloto interrompeu planos do casal. Ele morreu aos 34 anos, no dia 1º de maio de 1994, após um grave acidente no GP de San Marino, na Itália. "Eu me curvo ao destino da rosa branca arremessada ao mar de Angra. Seja como for, o amor por ele não morrerá. Seja como for, ele continuará ao meu lado", desabafa Adriane, no livro "Caminho das Borboletas".
Apresentadora, que na época trabalhava como modelo, tinha 19 anos quando conheceu o piloto no autódromo de Interlagos, após a vitória no GP Brasil, em março de 1993. Eles ficaram juntos por cerca de um ano antes da morte do ídolo brasileiro.
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