Nova série de Jamie Lee Curtis é inspirada em roubo milionário de xarope

A série "Melou", que estreia nesta sexta-feira (6) no Prime Video, foi inspirada em um crime real e inusitado.

Roubo de milhões em xarope

A série (assim como o crime) se passa no Canadá, onde xarope de bordo é mais caro que petróleo. Isso porque o líquido viscoso vem da seiva de árvores, e a extração é um processo lento e trabalhoso. O xarope de bordo é utilizado como adoçante —algo semelhante ao mel.

Entre 2011 e 2012, ladrões chocaram o país roubando 3.000 toneladas, ou US$ 18 milhões (R$ 107,8 mi), do produto. Brian Donovan, um dos produtores da série, é norte-americano e soube do caso anos depois, num Natal em família: "Meu cunhado é canadense e me perguntou se eu já tinha ouvido falar do grande roubo de xarope de bordo. Eu disse: 'não, mas por favor me conte tudo imediatamente'", relembra em entrevista para Splash.

Uma semana depois, ele já estava escrevendo o roteiro com Ed Herro. Depois, uma nova produtora executiva embarcou na produção: Jamie Lee Curtis, de "Halloween" e "Sexta-Feira Muito Louca", que além de produzir também atuou nos episódios finais da temporada. Ela encantou o elenco: "Ela tem um nível impressionante de energia, e é muito querida", diz Chris Diamantopoulos, que interpreta o ladrão Mike Byrne.

Guillaume Cyr, Margo Martindale e Chris Diamantopoulos em cena de 'Melou'
Guillaume Cyr, Margo Martindale e Chris Diamantopoulos em cena de 'Melou' Imagem: Divulgação

Guillaume Cyr, que interpreta o ladrão Remy Bouchard, recebeu uma carta da atriz após ser contratado. "Ela escreveu uma carta à mão para me dizer que estava feliz por eu ser o Remy. Eu chorei!", conta o ator. Ao fim das filmagens, Jamie Lee deu uma caixa de livros infantis para seus filhos. "Todos a conhecíamos como atriz, mas fiquei muito impressionado com a pessoa que ela é".

O resultado é uma comédia sombria. Os protagonistas são três ladrões interpretados por Diamantopoulos, Cyr e Margo Martindale. Cada um deles é levado a cometer o crime por uma série de tragédias pessoais. Os três foram criados pelos roteiristas, que não queriam expor pessoas reais na produção.

O roteiro de "Melou" também tem elementos de ficção. "O crime real foi bem lento, metódico, durou dois anos. Eles roubavam um pouquinho por noite, e deu certo. Mas isso não seria divertido de assistir", ri Brian Donovan.

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