Bota fogo e dominação: parece Brasileirão, mas é final da copa de fetiches

O domingo não foi decisivo apenas no Campeonato Brasileiro. A cerca de 439 km de distância do estádio Nilton Santos, onde o Botafogo venceu o São Paulo por 2 a 1 para se tornar campeão, outra competição nacional apresentava a sua rodada final: a disputa do Mr. Fetiche 2025.

Cinco finalistas se apresentaram em um bar da zona sul de São Paulo na busca pelo título de Mr. Fetiche. Noite de shows contou com faíscas, fogo em mulheres submissas, choques elétricos, chicotadas e até plug anal aplicado diante do público.

A briga pela faixa de couro

Hex Fetish, o casal Ravena e Doguinho, Ma Meduze, Dom Ícaro e Mestre Cruel disputaram a final da "copa" de fetiches. Eles desfilaram, tiveram cinco minutos para um discurso e se apresentaram durante a noite deste domingo (9) para definir quem sairia do local como "principal representante da comunidade fetichista", segundo Dom Jheff, apresentador e organizador do evento.

Três parâmetros foram utilizados para definir o campeão. Seis jurados presentes avaliaram os candidatos após as apresentações. Também foram somados pontos ao concorrente mais aclamado pelo público no local e ao mais votado pelo público no site oficial.

E não faltou criatividade durante os shows. Candidatos usaram velas coloridas, derretendo a cera nos submissos, além de explorar chicotadas e outras modalidades. Hex Fetish levou choques elétricos no momento de demonstrar sua submissão. Ma Meduze aplicou um plug anal em um colega diante da plateia.

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Imagem: Weslley Neto

Apresentações de convidados abriram e encerraram a competição. O primeiro show trouxe duas mulheres estimuladas com faíscas por um dominador. O último show impressionou com o Fire Play — fetiche por fogo, um dos mais perigosos nas práticas do BDSM.

Quatro pessoas foram "queimadas" no palco por Preto Fetichista, especialista nesta prática. As chamas são rapidamente apagadas após o contato com a pele dos submissos — a reportagem destaca que a prática exige orientação profissional. Portanto, não tente repetir em casa antes de buscar um especialista.

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Imagem: Weslley Neto
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Cerca de 400 pessoas acompanharam a disputa da final. A maioria usando roupas de couro — quando as usavam — e máscaras, demonstrando identificação com diferentes fetiches. Evento ainda reservou espaço para quem queria aproveitar alguns minutos de submissão, sadismo ou masoquismo, práticas comuns no BDSM — um conjunto de práticas eróticas.

Professor, 'padeiro' e dominador

Mestre Cruel foi eleito Mister Fetiche. Dominador empolgou público após apresentação com variedade de chicotes, que envolveram a submissão de dois homens no palco — eles também beijaram sapatos e permaneceram ajoelhados, recebendo os golpes do vencedor. Cruel ainda "voou" no palco com a ajuda de correntes, encerrando a apresentação com show de luzes.

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Imagem: Weslley Neto

Mister Cruel é o personagem criado por Renan Botelho, 32. O professor de artes cênicas também trabalha como empresário, sendo sócio de uma padaria em São Paulo.

Meu primeiro contato com o BDSM foi em uma festa. Cheguei lá e vi muita gente apanhando, e me perguntaram se eu era dominador ou submisso. Falei: 'sou dominador, não vou ficar apanhando aqui'. Confesso que tive momentos em que experimentei a submissão, mas nunca deu certo.
Renan Botelho em papo exclusivo para Splash

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Mr. Fetiche levou prêmio de R$ 1,5 mil, além de uma faixa de couro e brindes dos patrocinadores do evento. Mestre Cruel ainda poderá ostentar o título até o fim de 2025, quando será realizada uma nova edição do concurso.

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Imagem: Weslley Neto

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