Não é 'Ainda Estou Aqui': qual filme brasileiro está no ranking 2024 do NYT
Colaboração para Splash, em São Paulo
11/12/2024 12h39
Apesar de 2024 ser o ano de "Ainda Estou Aqui", filme de Walter Salles nomeado para o Globo de Ouro nas categorias "Melhor Filme Estrangeiro" e "Melhor Atriz", o jornal The New York Times (EUA) destacou em seu tradicional ranking de melhores produções outro longa brasileiro.
O que aconteceu
O Brasil está representado na sexta posição por "Retratos Fantasmas", dirigido por Kleber Mendonça Filho. Trata-se de um filme documental original de 2023, mas que só chegou aos cinemas norte-americanos em 2024.
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Narrado em primeira pessoa pelo próprio diretor, o documentário mescla história pessoal com a dos cinemas de rua do Recife. Disponível na Netflix, o filme recebeu uma série de elogios da crítica especializada do The New Work Times.
Documentário emocionante, formalmente vibrante e intelectualmente estimulante Manohla Dargis, crítica de cinema
Kleber Mendonça Filho rememora as experiências que teve na infância, com sua mãe e família. A casa onde morou por 40 anos é o cenário principal e, por vezes, as ruas da capital pernambucana ganham vida, sempre com o foco nos tradicionais cinemas espalhados pela cidade.
"Retratos Fantasmas" foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema, mas não conseguiu a indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2024. Também foi exibido no Festival de Cannes deste ano, mas sem disputar a Palma de Ouro.
Na lista do jornal norte-americano, o longa brasileiro desbancou títulos de diretores aclamados, como George Miller e Francis Ford Coppola. No primeiro lugar do ranking está "Tudo que Imaginamos como Luz", filme indiano que concorrerá ao Globo de Ouro junto a "Ainda Estou Aqui" nas mesmas duas categorias.
"Ainda Estou Aqui" não foi avaliado pelos críticos do The New York Times neste ano. Isso porque o longa protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello só entrará em cartaz nos cinemas estadunidenses em janeiro de 2025.
Ranking dos 10 melhores filmes de 2024, segundo The New York Times
- Tudo que Imaginamos como Luz (All We Imagine as Light), de Payal Kapadia (Indiano)
- Ernie Gehr: Mechanical Magic, de Ernie Gehr (EUA)
- A Verdadeira Dor (A Real Pain), de Jesse Eisenberg (EUA)
- Não Esperes Demasiado do Fim do Mundo (Do Not Expect Too Much from the End of the World), de Radu Jude (Romênia)
- Dahomey, de Mati Diop (França)
- Retratos Fantasmas (Pictures of Ghosts), de Kleber Mendonça Filho (Brasil)
- Furiosa: Uma Saga Mad Max (Furiosa: A Mad Max Saga), de George Miller (EUA)
- Megalopolis, de Francis Ford Coppola (EUA)
- Borda Verde (Green Border), de Agnieszka Holland (Polônia)
- Here, de Bas Devos (Bélgica)