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Cristiana Oliveira e os bastidores de ensaio para Playboy: 'Andava pelada'

De Splash, em São Paulo

16/12/2024 05h30

Cristiana Oliveira, 60, discutiu a trajetória como símbolo sexual e a experiência de posar para a Playboy em 1992. Em entrevista exclusiva ao Splash Encontra, a atriz falou sobre o desafio de tirar a roupa na frente de outras pessoas.

Nos primeiros três dias de ensaio, não [me senti confortável]. No quarto dia, eu já andava pelada na frente dos outros. É uma questão de você aprender a lidar com o próprio corpo? Porque eu tive problemas com o meu corpo até a década de 1990.

Participação na Playboy, segundo ela, foi uma construção de personagem, não uma representação de si mesma. "Mas aquilo era uma personagem, não era a Cristiana. Eu nunca fui sexy, eu, Cristiana, nunca quis fazer a linha, nunca".

Ela também destacou o papel da nudez em "Pantanal" (TV Manchete) para reforçar a imagem de sex symbol nos anos 90. "A Juma, ela era uma índia, quase, né, então a nudez dela estava dentro do contexto. Algumas outras novelas, assim, me incomodou muito a questão da nudez, porque aí eu percebi que era uma coisa para chamar atenção."

Atriz também destacou o papel da nudez em "Pantanal" para reforçar a imagem de sex symbol Imagem: Kamila Pavão/Colaboração para Splash/UOL

Cristiana enfatiza que, embora a sensualidade pudesse existir, ela não a explorava. "Pode até ser que estivesse em mim, mas era uma coisa que eu não explorava. Não". Mesmo as fotos da Playboy, segundo a própria, eram "bacanas", "sexys porque são sexys, mas não é uma coisa que eu forcei uma barra para si".

Ela se descreveu como alguém que, ao contrário, tentava evitar parecer sexy. "Eu sempre meio que me escondia para não parecer sexy. Olha que coisa doida". A atriz também revelou que a mãe frequentemente a incentivava a se arrumar mais, pois ela tinha um estilo mais "moleca".

Morte de Daniella Perez foi 'tristeza geral'

Daniella Perez e Cristiana Oliveira Imagem: Reprodução/ TV Globo

Cris Oliveira também fala do impacto do assassinato de Daniella Perez nos bastidores da novela "De Corpo e Alma" (Globo). Filha da autora Glória Perez foi morta em 28 de dezembro de 1992 pelo colega de produção Guilherme de Pádua e a então esposa, Paula Thomaz.

Atriz descreve a atmosfera emocional do período pós-assassinato. "Uma tristeza geral, a gente, às vezes, eu, Estênio, Marilu Bueno, a gente se olhava e começava a chorar. Nossa. Foi muito difícil, e é até hoje, né, até hoje, quando eu vejo, tem muito fã clube, muita coisa que relembra ela".

Artista destaca a proximidade que tinha com Daniella. "Toda vez que eu lembro, eu sempre me emociono", e continuou: "Tudo foi muito trágico, né, a história toda, tudo que aconteceu, como foi, e é um negócio que até hoje eu olho para trás e falo, gente, foi a primeira vez que eu perdi alguém na minha vida, a primeira pessoa próxima na vida".

Cristiana também ressalta a participação no evento trágico. "Fui eu e o Fábio Assunção, que era meu namorado naquela época, marido, não sei, a gente morava junto, eu e ele, fomos nós dois que levamos a Glória para o lugar onde estava o corpo. [...] Foi inacreditável".

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