'Tristeza': Cris Oliveira descreve clima na TV após morte de Daniella Perez
De Splash, em São Paulo
21/12/2024 05h30
Cristiana Oliveira, 60, revelou detalhes dos bastidores da novela "De Corpo e Alma" (Globo) após o assassinato de Daniella Perez. A filha da autora Glória Perez foi morta em 28 de dezembro de 1992 pelo colega de produção Guilherme de Pádua e a então esposa dele, Paula Thomaz. O relato foi feito durante entrevista exclusiva ao Splash Encontra.
Atriz descreveu a atmosfera emocional do período pós-assassinato como "uma tristeza geral". "A gente, às vezes, eu, Stênio [Garcia], Marilu Bueno, a gente se olhava e começava a chorar. Nossa. Foi muito difícil, e é até hoje, né? Até hoje, quando eu vejo, tem muito fã clube, muita coisa que relembra ela."
Artista destacou a proximidade que tinha com Daniella. "Toda vez que eu lembro, eu sempre me emociono", afirmou. "Tudo foi muito trágico, né, a história toda, tudo que aconteceu, como foi. E é um negócio que até hoje eu olho para trás e falo 'gente, foi a primeira vez que eu perdi alguém na minha vida, a primeira pessoa próxima na vida'", completou.
Cristiana também ressaltou a participação no evento trágico. "Fui eu e o Fábio Assunção —que era meu namorado naquela época, marido, não sei, a gente morava junto —, eu e ele, fomos nós dois que levamos a Glória para o lugar onde estava o corpo. [...] Foi inacreditável."
Outros destaques da entrevista
Atriz discutiu a trajetória como símbolo sexual e a experiência de posar para a Playboy em 1992. Ela falou sobre o desafio de tirar a roupa na frente de outras pessoas.
Nos primeiros três dias de ensaio, não [me senti confortável]. No quarto dia, eu já andava pelada na frente dos outros. É uma questão de você aprender a lidar com o próprio corpo... Porque eu tive problemas com o meu corpo até a década de 1990.
Participação na Playboy, segundo ela, foi uma construção de personagem, não uma representação de si mesma. "Mas aquilo era uma personagem, não era a Cristiana. Eu nunca fui sexy. Eu, Cristiana, nunca quis fazer a linha, nunca."
Ela também destacou o papel da nudez em "Pantanal" (TV Manchete) para reforçar a imagem de sex symbol nos anos 1990. "A Juma, ela era uma índia, quase, né? Então, a nudez dela estava dentro do contexto. Em algumas outras novelas, assim, me incomodou muito a questão da nudez, porque aí eu percebi que era uma coisa para chamar atenção."
Cristiana enfatizou que, embora a sensualidade pudesse existir, ela não a explorava. "Pode até ser que estivesse em mim, mas era uma coisa que eu não explorava, não", disse. As fotos da Playboy, segundo a artista, eram sensuais, mas sem que ela tivesse precisado "forçar a barra" para isso.
Ela se descreveu como alguém que, ao contrário, tentava evitar parecer sexy. "Eu sempre meio que me escondia para não parecer sexy. Olha que coisa doida", contou. A atriz também revelou que a mãe frequentemente a incentivava a se arrumar mais, já que ela tinha um estilo mais "moleca".