Justin Baldoni processa NYT por favorecer Blake Lively e pede R$ 1,5 bi

Justin Baldoni entrou com um processo contra o New York Times por publicar uma matéria que ele considerou favorável a Blake Lively. O ator, junto com outros dez autores, pede R$ 1,5 bilhão, afirmando que o jornal não verificou os fatos e se baseou na narrativa "egoísta" da atriz. O New York Times não se manifestou.

O que aconteceu

No domingo passado, o New York Times publicou pela primeira vez as acusações de Lively contra Baldoni. O jornal afirmou que o ator contratou uma agência para sujar a imagem de Lively, além de ter trazido em primeira mão acusações de assédio sexual da atriz contra Baldoni.

A matéria incluía mensagens de texto e e-mails que Baldoni diz terem sido manipulados. O ator apresenta outras versões das comunicações no processo contra o jornal. As informações são da Variety.

Baldoni nega, por exemplo, ter entrado no trailer de Lively sem ter sido convidado enquanto ela amamentava nos bastidores de "É Assim que Acaba". Uma mensagem de texto de Blake, incluída no processo, diz: "Estou bombeando leite no meu trailer se você quiser ensaiar nosso roteiro." Baldoni respondeu: "Combinado. Estou comendo com a equipe e vou para aí."

Acusado de falar de sua vida sexual de forma inapropriada, Baldoni diz que Lively também falou de forma "pessoal" do assunto. Discutindo uma cena em que o Ryle (personagem de Baldoni) decide não ter um orgasmo após satisfazer Lily (personagem de Lively), a atriz disse: "Eu ficaria envergonhada se isso acontecesse comigo." O ator teria respondido: "Não sei você, mas esses foram alguns dos momentos mais lindos entre mim e minha mulher."

O ator também acusa Ryan Reynolds, marido de Lively, de tê-lo agredido verbalmente. Em uma reunião no apartamento de Lively e Reynolds, o protagonista de "Deadpool" teria gritado com Baldoni, "deixando todos os outros presentes chocados". Reynolds também teria pressionado o agente de Baldoni a dispensá-lo meses antes de o ator contratar uma agência para lidar com a crise.

Ele acusa Lively de ter promovido uma campanha para manchar a imagem dele na imprensa. No processo, ele alega que Blake "embarcou em uma campanha estratégica e manipulativa" e "usou falsas alegações de assédio sexual para garantir controle unilateral de todos os aspectos da produção".

No processo, os autores também negam ter feito uma campanha para prejudicar Lively. A ação defende que as agentes de Baldoni agiram conforme o "padrão da indústria" e se prepararam para o pior, "sem jamais empregar táticas agressivas".

O ator nega reconhecer um documento em que não concordava em não repetir uma série de atitudes problemáticas. Justin afirma nunca ter visto o documento, uma das principais peças da acusação de Blake, e que, por isso, não poderia ter concordado com o que estava escrito.

Continua após a publicidade

O produtor Jamey Heath também nega ter agido de forma inapropriada ao mostrar um vídeo do parto de seu filho a Lively. "O vídeo em questão era uma gravação não-pornográfico da mulher de Heath durante um parto em casa, um vídeo profundamente pessoal, sem nenhum tom sexual."

Baldoni diz que Lively não entrou com um processo contra ele para não ter sua narrativa questionada. "Essa escolha a poupou do escrutínio do processo, que inclui responder perguntas sob juramento e entregar suas comunicações. Esta decisão não foi por acaso".

O texto do New York Times teve repercussões negativas imediatas para Baldoni. O ator foi dispensado por sua agência, a WME, e também perdeu um prêmio que havia ganhado por seu trabalho "na defesa de mulheres e meninas".

Deixe seu comentário

O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.