Das páginas à telona: 8 livros que inspiraram indicados ao Globo de Ouro
O Globo de Ouro acontece neste domingo (5) e, entre as indicações, há uma série de filmes inspirados por livros. Exemplo disso é "Ainda Estou Aqui", que representa o Brasil na disputa e é baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva.
Confira as obras que foram das páginas às telonas neste ano:
"Ainda Estou Aqui", de Marcelo Rubens Paiva (Alfaguara)
O autor faz um retrato emocionante de sua mãe, Eunice Paiva, que se reinventou após a tortura e morte do marido, o deputado Rubens Paiva, na ditadura. Mãe de cinco filhos, ela passou a criá-los sozinha, voltou a estudar, tornou-se advogada e defensora dos direitos indígenas. Tudo isso em meio à dor do desaparecimento de Rubens, cujo atestado de óbito só foi emitido 25 anos depois de seu assassinato.
"Ainda Estou Aqui", dirigido por Walter Salles, concorre na categoria de melhor filme internacional. Fernanda Torres concorre como melhor atriz em filme de drama.
"Conclave", de Robert Harris (Alfaguara)
Após a morte do Papa, 118 cardeais do mundo todo se reúnem para eleger um sucessor. Ambição, sede de poder, reviravoltas e diferenças impossíveis de conciliar dão o tom desse suspense político e religioso.
O filme recebeu sete indicações ao Globo de Ouro, inclusive na categoria de melhor filme de drama. Ralph Fiennes concorre ao prêmio de melhor ator em filme de drama, enquanto Isabella Rossellini concorre ao prêmio de melhor atriz coadjuvante.
"O Reformatório Nickel", de Colson Whitehead (HarperCollins)
Elwood Curtis é um menino negro e inocente erroneamente mandado para um reformatório juvenil, a Academia Nickel. O livro, que se passa nos anos 1960, fala dos horrores da fundação, onde prevalecem o racismo e a violência, mas também da amizade que Curtis constrói com outro colega, Turner. Vencedor do Prêmio Pulitzer 2020.
"Nickel Boys" está indicado na categoria de melhor filme de drama.
"O que Você Está Enfrentando", Sigrid Nunez (Instante)
O livro, que inspirou "O Quarto ao Lado", de Pedro Almodóvar, conta a história de Ingrid, uma autora que escuta e acolhe relatos difíceis de estranhos e conhecidos. Entrelaçando a história dessas pessoas com a própria, a narradora revela que uma amiga está com câncer terminal —e lhe pediu um favor inesperado. As duas se conectam enquanto lidam, de forma racional e cômica, com a morte.
Tilda Swinton concorre ao prêmio de melhor atriz em filme de drama.
"Wicked", de Gregory Maguire (DarkSide)
Lançado em 1995, o livro que deu origem ao musical e ao filme aborda temas mais adultos que as adaptações. O enredo, porém, é o mesmo: antecede os acontecimentos de "O Mágico de Oz", acompanhando a bruxa Elphaba em sua jornada, da impopular novata na Universidade Shiz a execrada Bruxa Má do Oeste.
"Wicked" concorre a quatro Globos de Ouro, incluindo melhor filme de comédia ou musical e melhor realização cinematográfica e de bilheteria. Cynthia Erivo e Ariana Grande concorrem, respectivamente, nas categorias de melhor atriz em filme de comédia ou musical e melhor atriz coadjuvante.
"Robô Selvagem", de Peter Brown (Intrínseca)
Nessa história sensível e emocionante, a robô Roz acorda e se vê sozinha em uma ilha, sem saber como chegou lá. Ela precisa superar intempéries e se adaptar à convivência com os nada simpáticos animais que lá habitam. Com o tempo, ela acaba se aproximando e cria um laço com um filhote de ganso.
"Robô Selvagem" concorre em quatro categorias: melhor animação, melhor realização cinematográfica e de bilheteria, melhor música original e melhor trilha sonora.
"Queer", de William S. Burroughs (Companhia das Letras)
Ambientado na Cidade do México do início dos anos 1950, "Queer" acompanha o expatriado William Lee, alter ego de Burroughs. Em meio a uma crise de abstinência de drogas, o protagonista procura consolo no álcool e em uma obsessão por Eugenie Allerton, um jovem ex-militar.
Daniel Craig disputa o prêmio de melhor ator em filme de drama.
"Duna", de Frank Herbert (Editora Aleph)
A primeira trilogia do épico distópico acompanha a história de Paul Atreides, da sua chegada a Arrakis à sua ascensão como líder de um povo. O pano de fundo é um mundo com recursos escassos e difíceis de obter, com disputas políticas, sociais e religiosas.
"Duna" concorre ao prêmio de melhor filme de drama e melhor trilha sonora.
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