'O Túmulo dos Vagalumes': é hora de ver o anime mais triste do mundo
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Se o leitor está atrás de uma história leve, divertida e que te deixará em estado de alegria e conforto é melhor passar bem longe de "O Túmulo dos Vagalumes". Animado pelo estúdio Ghibli (o mesmo de "O Menino e a Garça" e outros tantos clássicos do cinema), este longa-metragem que acaba de ganhar dublagem na Netflix é responsável por levar às lágrimas quase todas as pessoas que o assistiram.
Perceba a desgraça vindo só nesta premissa: o longa é ambientado no período da Segunda Guerra Mundial, e os jovens Seita e Setsuko perdem sua mãe num bombardeio. Eles se mudam para a casa de uma tia e, depois, precisam dar seus pulos para sobreviver. Para agregar sofrimento, vale destacar que o filme tem elementos biográficos, já que o diretor viveu esta época.
O que "O Túmulo dos Vagalumes" tem de lindo, ele também tem de triste. O sofrimento dos personagens rapidamente bate em quem assiste, e ficamos só torcendo para que esses dois jovens tenham um pouquinho de alegria nesta história. Mas, com o perdão do spoiler, esse momento nunca vai aparecer. O longa arrebata o espectador com uma sucessão de situações desoladoras, graças ao ótimo trabalho do diretor Isao Takahata (de "O Conto da Princesa Kaguya").
"O Túmulo dos Vagalumes" é um filme triste e pesado, mas é por isso que vale a pena ser conferido. Às vezes, é importante que tenhamos contato com situações tristes e emocionantes até como forma de alerta para que conflitos como estes nunca voltem a se repetir.
E vale destacar os profissionais da dublagem brasileira. Seita é interpretado por Lipe Volpato (o Midoriya de 'My Hero Academia') e sua irmã, Setsuko, é dublada por Isadora Martins (novata no meio).
"O Túmulo dos Vagalumes" ('Hotaru no Haka')
Onde ver? Netflix
Café temático de "Card Captor Sakura"

Uma má notícia para quem estava se programando para tomar um café e comer um bolinho com sua amiga Tomoyo. Originalmente previsto para inaugurar no dia 14 de fevereiro, o café temático de "Card Captor Sakura" precisou de um pequeno adiamento.
A Akiba Station, responsável pela empreitada, divulgou um comunicado nas redes sociais: "Devido a circunstâncias de força maior que envolvem a necessidade de resolução por parte da empresa distribuidora de energia da cidade de São Paulo a abertura do Café Cardcaptor Sakura por Akiba Station terá que ser reagendada".
Esses cafés temáticos de animes são comuns no Japão, inclusive muitos surgem apenas por períodos curtos de tempo, como forma de promover a série. No entanto, essa será a primeira vez que algo assim acontece no Brasil!
Considerando este pioneirismo, é um acerto a decisão da Akiba Station e da Artworks Entertainment em apostar justamente em "Card Captor Sakura", cuja franquia é consolidada e muito querida pelos fãs brasileiros.
E não se preocupem, quando inaugurar o café a newsletter Universo dos Animes estará lá para conferir tudo. E, claro, vamos tentar descobrir quais outros animes podem ganhar algo parecido no futuro.
Café Temático Card Captor Sakura
Endereço: rua Thomaz Gonzaga, 18 - bairro Liberdade, São Paulo
(Ainda sem data para inauguração)
Enquanto o café não vem

Anime de "Sakura" no YT
Longe dos lares brasileiros desde a exibição no finado canal Loading, a série "Card Captor Sakura" chegará no final do mês na NAISU TV, canal de YouTube da Artworks Entertainment, responsável pelo licenciamento da série no Brasil. Mesmo sendo mais antiguinho, o anime ainda esbanja carisma.

Mangá de "Sakura"
A versão em quadrinhos de "Card Captor Sakura" é a forma mais completa de aproveitar a história. A série tem mudanças consideráveis, mas ainda é uma história bem interessante. O mangá de continuação, "Clear Card", apresenta histórias além da adaptação, e a série foi recentemente encerrada.
O que os otakus assistiram do estúdio Science Saru?
No canal de transmissão no WhastApp, que inclusive você pode seguir clicando aqui, aproveitamos o aniversário de 12 anos do estúdio Science Saru para perguntar aos otakus quais animes do estúdio eles já assistiram. O resultado não é inesperado, mas há alguns pontos curiosos.
Surpreendendo um total de zero pessoas, o anime mais clicado na enquete foi "Dan Da Dan", com 26 mil votos. O anime foi um fenômeno em 2024 e fez a Netflix bater números de audiência que há muito tempo não via com uma animação japonesa. Quer dizer, pelo menos até a estreia de "Sakamoto Days".
O segundo lugar ficou com "Scott Pilgrim: A Série" (6.600 votos), outra produção da Netflix baseada nos quadrinhos de Bryan Lee O'Malley. Temos uma crítica a este anime em Splash, mas vale destacar que ele é ao mesmo tempo um reboot e uma sequência do filme dos quadrinhos. É praticamente um "Evangelion" sobre o meio nerd.
Já o terceiro lugar ficou com "Devilman Crybaby" (5.300 votos), outra pérola produzida pelo estúdio. Essa nova versão do anime clássico mexeu bastante com a estrutura da série e entregou um espetáculo de ótimas cenas de ação, gore e algumas cenas que, talvez, você não queira assistir quando sua família estiver passando pela sala.
Veja o ranking:
- 'Dan Da Dan' (26 mil votos)
- 'Scott Pilgrim: A Série' (6.600 votos)
- 'Devilman Crybaby' (5.300 votos)
- 'Ping Pong the Animation', 'Keep Your Hands Off Eizouken!' e 'Garo: The Animation' (1.200 votos)
- 'Space Dandy' e 'Japan Sinks: 2020' (1.100 votos)
- 'Yurei Deco' (1.000 votos)
- 'The Heike Story' (961 votos)
Da votação, só podemos constatar o desprestígio de "Space Dandy", uma animação do mesmo diretor de "Cowboy Bebop" que é bem gostosinha, e perceber que 'The Heike Story' é a mais ignorada, mesmo tendo uma animação deslumbrante. Mas fazer o quê se a história não é lá essas coisas, né?
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Isao Takahata, o outro grande diretor do Ghibli

Embora seja comum pensar em Hayao Miyazaki como a mente por trás do Ghibli, é importante lembrar que Isao Takahata é amigo do diretor e também cofundador do estúdio de animação.
Nascido em 1935, Takahata testemunhou os terrores da guerra quando sobreviveu a um bombardeio norte-americano na cidade do Okayama. Fez faculdade de literatura, mas logo foi parar na Toei Animation graças ao seu interesse por animação.
Nesse período, ele trabalhou com filmes de "GeGeGe no Kitaro", na primeira série televisiva de "Lupin 3º" e em "Heidi" (essa inclusive foi exibida no Brasil pela Tupi e SBT). Na Toei, ele conheceu Hayao Miyazaki e, juntos, fundaram o estúdio Ghibli em meados dos anos 1980, com o objetivo de criarem seus próprios filmes.
No Ghibli Takahata dirigiu grandes clássicos: 'O Túmulo dos Vagalumes' (1988), "Memórias de Ontem" (1991), "PomPoko - A Grande Batalha dos Guaxinins" (1994), "Meus vizinhos, Os Yamadas" (1999) e, por fim, seu último filme: "O Conto da Princesa Kaguya" (2013).
Seus longas se destacam por ter uma pegada diferente dos clássicos de Miyazaki, sendo bons de um outro jeito. Um dos mais memoráveis é justamente o seu longa de despedida, que traz uma história potente e com excelente técnica de animação. Takahashi partiu em 2018, mas deixou um legado de grandes obras em anime.
Até a próxima semana, otakus!
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