Último prêmio antes do Oscar, SAG aperta as chances de Fernanda Torres
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Considerado um dos termômetros do Oscar, o SAG Awards foi a última premiação significativa antes da grande noite do cinema, no próximo domingo (2), e as vitórias do prêmio bagunçaram o bolão de muita gente.
O que aconteceu
O evento do Sindicato de Atores dos EUA foi marcado por clima descontraído, com grandes nomes de Hollywood curtindo a noite. Desde o início, em que a apresentadora Kristen Bell apresentou vídeos dos constrangedores primeiros papéis de rostos conhecidos, se estabeleceu uma atmosfera leve, de reunião entre amigos. Isso durou todo o prêmio, com reuniões de elencos notáveis, tiradas cômicas entre velhos amigos, e discursos honestos e bagunçados dos vencedores.
Ainda assim, com todos os olhos voltados para o Oscar, a cerimônia trouxe uma mistura de certezas e resultados inusitados. Os prêmios dos sindicatos acabam por ser bons termômetros para a grande noite do cinema, visto que os membros geralmente também são votantes do Oscar.
As categorias coadjuvantes de atuação ficaram mais definidas. Kieran Culkin, de "A Verdadeira Dor", se consagrou no lado dos homens, enquanto Zoë Saldaña, de "Emilia Perez", levou mais uma vez o prêmio na disputa entre as mulheres. Nesse caso, o Oscar deve seguir sem grandes surpresas.
Já as categorias principais de atuação ficaram mais disputadas, e Demi Moore se firma como ameaça para Fernanda Torres. Se antes a brasileira de "Ainda Estou Aqui" batia cabeças com Mikey Madison, do queridinho "Anora", agora há provas de que outra concorrente ganhou força: Demi Moore, que leva mais um prêmio de atuação por "A Substância", depois de ter embolsado um Globo de Ouro e um troféu do Critics Choice Awards.
Fernanda Torres e "Ainda Estou Aqui" não concorreram ao prêmio. A atriz brasileira ficou de fora das indicações, mas a cerimônia mereceu atenção para ver o desempenho da acirrada competição enfrentada pela brasileira.
Da mesma forma, Timothèe Chalamet ameaça a boa onda de Adrien Brody. Premiado por sua performance como Bob Dylan na cinebiografia, o jovem pode ter ganho o carinho dos votantes do Oscar na reta final da votação, ameaçando a excelente maré de boa sorte do protagonista de "O Brutalista".
Desce "Emilia Pérez", sobe "Conclave". O divisivo filme francês, envolto em polêmicas da atriz principal, diretor, temática e abordagem, começou muito forte mas lentamente foi perdendo o fôlego na temporada de premiações. Na contramão, o drama de padres fofoqueiros teve um sopro tardio de vida, inclusive saindo com o grande troféu da noite, pelo melhor elenco. Resta ver como isso se traduzirá no Oscar.
Enfim, nada de novo na televisão, com os mesmos vitoriosos de sempre. "Xógum: A Gloriosa Saga do Japão" fez a limpa em todas as quatro categorias que foi indicada, assim como "Bebê Rena", "Only Murders in the Building" e "Hacks" saíram premiadas mais uma vez, sem nenhuma surpresa ou a intensa competitividade que a temporada de premiações apresenta no lado do cinema.
Com a possibilidade da primeira vitória do Brasil nas categorias de melhor filme e melhor atriz, a cerimônia do Oscar acontece em 2 de março, às 21 (Horário de Brasília). A transmissão via streaming é na Max, e pela TNT e Rede Globo na televisão.
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