Novo 'Branca de Neve' rebaixa príncipe e tem anões mágicos; veja diferenças
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O live-action de "Branca de Neve" chegou aos cinemas brasileiros, trazendo uma nova roupagem para o clássico que revolucionou a história da animação.
Essa é a primeira versão "em carne e osso" do conto de fadas sendo produzida pela Disney. Vale citar, porém, que a história já teve outras adaptações que não fizeram muito sucesso com o público. Agora, com Rachel Zegler e Gal Gadot no centro da trama, algumas alterações foram necessárias para adaptar o texto para os dias atuais ou dar mais camadas para a trama, As mudanças podem incomodar os fãs mais ferrenhos da animação.
Para entrar no clima da estreia, Splash separou algumas das principais diferenças entre o filme live-action e a clássica animação da Disney.
Atenção: este texto dá detalhes sobre alguns acontecimentos de "Branca de Neve" e podem conter spoilers. Siga com cautela!

A origem do romance de Branca de Neve e Jonathan, o "Príncipe Encantado"
Se a animação deixava algumas pontas soltas quanto ao romance de Branca de Neve e o Príncipe Encantado, o novo filme veio para dar uma nova cara para o primeiro encontro da dupla. Em vez de um príncipe, como é retratado no longa de 1937, agora o rapaz nada mais é do que um plebeu que vive de pequenos furtos para ajudar os menos afortunados.

Apelidado de Jonathan, o personagem vivido pelo ator Andrew Burnap surge pela primeira vez roubando batatas do palácio, onde Branca de Neve finge ser uma criada para que ele não saiba o paradeiro da princesa. Em certo momento, já sabendo a identidade da jovem, é ela quem o ajuda a escapar de uma armadilha da Rainha Má no castelo.
Agora, o personagem é muito mais presente na história, o que dá mais camadas para um personagem que era quase dispensável na primeira versão. Além disso, com sua participação significativa, o relacionamento entre ele e a jovem princesa acaba sendo muito mais coerente do que no conto de fadas.
Anões são seres mágicos
Se na animação o grupo de anões não apresentava nenhuma habilidade mágica, o live-action faz questão de demonstrar a ligação deles com a natureza e o local onde habitam. Durante a famosa cena em que os personagens trabalham na mina, vemos que os anões são diretamente ligados às pedras preciosas encontradas nas minas.

Além disso, os anões confirmam que são alguns dos seres mais antigos da floresta, com mais de 254 anos. Em certo momento, eles também ajudam a curar Jonathan após o mesmo levar uma flechada, o que mostra mais de suas habilidades mágicas.
O que aconteceu com a família de Branca de Neve?
Se na animação pouco se sabia sobre os pais da protagonista, agora temos mais detalhes sobre a sua família. Na versão de 1937, a morte do pai de Branca de Neve é apenas mencionada rapidamente; no live-action, descobrimos que a mãe teve de uma doença à qual sucumbiu rapidamente, e o pai fora assassinado pela Rainha Má para que ela pudesse assumir o trono.
O fim da Rainha Má
Uma das cenas mais impactantes da animação é, com toda certeza, a morte da Rainha Má. Após envenenar Branca de Neve, a bruxa tenta escapar, mas é encurralada pelos anões e pelos animais da floresta, que buscam capturá-la. Quando a vilã chega ao topo da montanha, ela é atingida por um raio e despenca de um desfiladeiro, onde acaba soterrada por inúmeras pedras.

No live-action, o fim é mais simples e até um tanto inesperado. Branca de Neve acaba confrontando a madrasta mais uma vez e ordena que ela vá embora. Ao se encontrarem na Sala do Espelho, as duas discutem até que o Espelho Mágico se quebre e capture a vilã para dentro de si, deixando-a confinada para sempre.
14 comentários
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Luiz Felipe C de Melo
Se era para mudar quase tudo tinha que mudar o nome também para "woke de neve".
Fabiano Augusto Vallim Fonseca
Filme preconceituoso contra os anões, retirou o emprego de atores com nanismo. A decisão de substituir os sete anões por criaturas mágicas geradas por computação gráfica é um retrocesso em termos de representatividade e inclusão. Atores com nanismo já enfrentam poucas oportunidades na indústria cinematográfica, e a exclusão desse grupo em uma adaptação de 'Branca de Neve' – uma das poucas histórias em que poderiam ter destaque – reforça o preconceito e nega a esses profissionais a chance de trabalhar e serem vistos. Ao invés de promover a diversidade, o filme parece eliminar a presença de pessoas com nanismo em nome de uma visão distorcida de 'correção política'. É fundamental que grandes estúdios como a Disney valorizem a inclusão de forma autêntica, garantindo que todas as comunidades tenham espaço e visibilidade.
Andre Ribeiro Rainone
Que M.... só mudancas horríveis .tudo para ser mais politicamente correto . Deveria ser proibido alterar um clássico sempre, 100% das vezes fica muito pior do que o original... Desrespeito pela obra