Giovanna Ewbank desabafa sobre deepfake com seu rosto: 'É assustador'


Colaboração para Splash, em São Paulo
24/03/2025 21h42
Giovanna Ewbank, 38, desabafou após ter seu rosto e seu nome usados em uma deepfake de propaganda enganosa, criada por meio de inteligência artificial, para a divulgação de um procedimento estético.
O que aconteceu
Ewbank denunciou o vídeo manipulado com sua imagem para fazer parecer que ela havia indicado aquele tratamento. A apresentadora também alertou os seguidores para os perigos da inteligência artificial que propiciam, entre outros, que golpistas criem deepfakes com a imagem de famosos para aplicar golpes.
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Apresentadora reconhece que a deepfake ficou "muito convincente", o que ela classificou como "assustador". "Por mais que pareça, galera, aliás, tá muito convincente, não sou eu", disse em vídeo publicado nas redes sociais.
Ela destacou que essa não foi a primeira vez que usaram sua credibilidade para aplicar golpes. "Não é a primeira vez que isso acontece comigo, já aconteceram diversas outras vezes. Não sou a primeira, nem a última que vai passar por isso, infelizmente".
Giovanna orientou os seguidores a buscarem fontes confiáveis, como os perfis dos próprios famosos, para conferir que eles divulgaram tal produto ou recomendaram algo. "É muito importante que a gente sempre procure checar quando aparece uma propaganda desse tipo nas suas redes, né? Então vale olhar a empresa, se ela de fato existe e, claro, se for assim, com um rosto conhecido, como é o meu caso, é importante procurar para ver se o produto oferecido também está nas redes sociais oficiais desta pessoa".
Ewbank também disse que a inteligência artificial potencializa as fake news. "Agora temos fake news com uso da inteligência artificial e é assustador".
O que são deepfakes
O termo surgiu pela primeira vez em dezembro de 2017, quando um usuário do Reddit com esse nome começou a postar vídeos falsos de celebridades famosas fazendo sexo, como Emma Watson e Emma Stone. Com auxílio de ferramentas de inteligência artificial, ele colocava o rosto de quem quisesse em cenas já existentes.
Muitos materiais deepfake são criados a partir de programas de código aberto — de livre uso por qualquer pessoa — voltados ao aprendizado de máquina. O programador fornece centenas de fotos e vídeos das pessoas envolvidas que são automaticamente processados em rede. Desse modo, o computador aprende como é determinado rosto, como ele se mexe e como ele reage a luz e à sombra.
O software precisa aprender essas características do rosto do vídeo original e do rosto que deseja ser implantado, pois só assim o programa pode encontrar um ponto comum entre as duas faces. Feito isso, o sistema realiza uma espécie de truque em que a imagem do rosto da pessoa B é colocada no corpo da pessoa A.
Como reconhecer deepfakes?
Algumas dicas ajudam a reconhecer se o vídeo a que você está assistindo possui manipulação deepfake ou não:
- Atenção a movimentos esquisitos e também ao tamanho desproporcional do rosto;
- Vídeos com imagens ruins enganam com mais facilidade;
- Caso o vídeo tenha áudio, atenção a sincronia do som com a boca;
- É mais fácil perceber manipulação em vídeos assistidos em tela cheia e em melhor qualidade;
- Pesquise a procedência da informação passada no vídeo. Se a informação não saiu em veículos confiáveis, certamente é falsa.