Masp ganha prédio, cresce e reforça protagonismo em SP; veja antes e depois


O Masp cresceu. O museu abre hoje o edifício Pietro Maria Bardi, anexo na avenida Paulista que conta com um conjunto de exposições que propõe novos olhares sobre o acervo e a história da própria instituição.
O novo prédio complementa o edifício histórico, agora chamado Lina Bo Bardi, projetado pela arquiteta e inaugurado em 1968. O novo edifício oferece mais espaços expositivos. Além disso, há áreas de acolhimento para o público e espaços técnicos que não podiam ser alocados no edifício histórico.
Paulo Vicelli, diretor de experiência e comunicação
Uma passagem subterrânea, que interligará os dois prédios, deve ser concluída no segundo semestre de 2025. De acordo com o museu, o túnel vai facilitar a circulação dos visitantes e de obras de arte.
A população terá acesso a uma programação vibrante, diversa, inclusiva e plural, com exposições temporárias e uma exposição de longa duração com seu excepcional acervo.
Paulo Vicelli
Masp antes
O Masp foi o primeiro museu moderno do Brasil, fundado em 1947 pelo empresário Assis Chateaubriand. Pietro Maria Bardi foi o diretor do museu entre 1947 e 1990.
Inicialmente localizado na rua 7 de Abril, o museu foi transferido em 1968 para a avenida Paulista, em um projeto arquitetônico de Lina Bo Bardi.
Em 2017, o Masp estabeleceu uma nova missão como um museu diverso, inclusivo e plural. O acervo, antes da inauguração do novo prédio, reunia mais de 11 mil obras.
Masp depois
O vão livre do Masp também foi reaberto. A ideia é que o espaço seja uma extensão do museu, com realização de atividades culturais gratuitas, área de convivência e instalação de mobilidade urbana.
O novo prédio conta com design monolítico, inspirado em museus verticais —como os de Nova York.
O edifício tem 14 andares e 7.821 metros quadrados. Somando com o prédio histórico, o Masp dobra a área de atuação de 10.485 metros quadrados para 21.863 metros quadrados a partir de março de 2025.
Complexo ganha cinco novas galerias para exposições, duas áreas multiuso, salas de aula, laboratório de conservação, área de acolhimento, restaurante e café — além de depósitos e docas.
Segundo o museu, a construção foi totalmente financiada por doações de pessoas físicas —sem uso de leis de incentivo. A obra começou em 2019.
Programação
O novo edifício do MASP abrirá com cinco mostras em cartaz, denominada de Cinco ensaios sobre o MASP. A ideia é dar um novo olhar para o acervo e a história do museu.
No segundo andar, fica a exposição 'Isaac Julien: Lina Bo Bardi - um maravilhoso emaranhado'. É uma videoinstalação que conta a história e o legado de Lina Bo Bardi (1914 -1992), a arquiteta responsável pelo projeto do MASP, através da interpretação de Fernanda Torres e Fernanda Montenegro.
Já o terceiro andar recebe 'Artes da África'. A exposição conta com 40 obras do acervo do museu, entre elas estatuetas, mobiliários instrumentos e mais, principalmente do século 20, oriundas da África ocidental.
O quarto e o décimo andar recebem a exposição 'Geometrias'. A mostra conta com mais de 50 obras, que já fazem parte do acervo do museu, de artistas que despontaram na época das vanguardas construtivas e também contemporâneos, que criam composições geometrizadas.
No quinto andar pode ser vista a exposição 'Renoir', com as obras de Pierre-Auguste Renoir (1841-1919). São 12 pinturas e uma escultura, abrangendo quase toda a carreira do artista que há 23 anos não era exposto para o público.
Já no sexto andar, o público poderá conhecer mais da trajetória do museu na exposição 'Histórias do MASP'. A mostra revisita as mais de sete décadas da instituição, ressaltando a importância de sua existência.
O vão livre do MASP também passará a receber eventos, sendo o primeiro a performance 'Entrevidas', da artista ítalo-brasileira Anna Maria Maiolino. As sessões são gratuitas e ocorrem no dia 28 de março, as 20H e também nos dias 29 e 30 de março, as 15h.
Já a partir do dia 10 de abril, será exposta no vão livre a mostra 'O Outro, Eu e os Outros, do artista colombiano Iván Argote. A obra é composta por duas gangorras gigantes que se inclinam conforme o movimento dos visitantes.