Ney Matogrosso fala sobre trisal e liberdade na cama: 'Adoro sexo até hoje'
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Ney Matogrosso, em entrevista ao jornal O Globo:
Músico diz que sexo é a "liberdade maior". "'Bandido' (álbum de 1976) foi o mais sexual de todos os meus trabalhos. Nos shows, trocava de roupa em cena, com um biombo na minha frente e um espelho atrás. Num determinado ângulo, me viam nu. Era o auge da minha sexualidade. Tinha trinta e poucos anos, estava cheio de hormônios jorrando por tudo quanto era canto."
Claro [que era excitante]! Eu vivia voltado para isso. Adoro sexo até hoje! Não é mais daquela forma exacerbada. É com pessoas que seleciono. Antigamente, não escolhia. Quem se aproximasse de mim, encostasse o pé no meu pé, olhasse no meu olho, eu ia.
Ney Matogrosso
Ele conta que, no passado, fez parte de um trisal com um homem e uma mulher. "Viajava ora com um, ora com outro e, de vez em quando, levava os dois. Durou um ano mais ou menos. Mas ela começou a ter ciúme dele. O que era uma bobagem, né?".
Hoje, está solteiro. "Graças a Deus. Não quero me casar com ninguém. Tive uma relação em que morei junto com o Marco [de Maria, médico], por 13 anos. Mas não sinto necessidade disso."
Ney descobriu a paquera pelas redes sociais. "Nunca tive [aplicativos de relacionamento]. Agora, as pessoas usam muito o Instagram, que nem sabia que servia pra isso. Aparecem umas pessoas que ficam conversando comigo, mas moram longe. Então, digo: "Quando eu passar por aí, quem sabe a gente não realiza?".
Amores da vida incluem Marco de Maria e Cazuza
Ele diz ter tido "seis grandes amores" na vida. "[Marco de Maria] foi um deles, assim como o Cazuza. Tive uns seis amores."
Marco morreu em decorrência da Aids, nos braços de Ney Matogrosso. "Ele começava a morrer e não morria. Uma noite, a enfermeira disse: 'Ele já teve uma parada respiratória e voltou. Alguma coisa o prende'. Então, fui lá e falei: 'Marco, vai tranquilo, você já sofreu demais, descansa'. Ele suspirou, virou a cabeça para o lado e morreu, estava esperando isso."
[O início do HIV] foi a maior dor que senti. Houve semana em que fui três vezes ao cemitério enterrar amigos. O Daime ajudou a me ancorar. O dedo era apontado o tempo todo para nós, mas eu cagava. Uma vez, fui com o Marco a uma médica, ele mal ficava em pé, e ninguém deixava a gente entrar no elevador. Comecei a gritar: 'Vocês querem que ele morra aqui?'.
Ney Matogrosso
O músico diz ter sentido a presença de Marco em duas ocasiões. "Estava fazendo barba e senti uma coisa como se estivesse entrando em mim. Meu coração foi transbordando de amor. Da outra vez, estava trepando e o senti chegando, mas sem ciúme. Talvez tenha sido uma maneira de se aproximar daquela energia."
Ney não fuma, nem usa drogas
Cantor diz que usou drogas pela primeira vez quando trabalhou em um hospital em Brasília. "A droga lá era 'liberada', todo mundo fumava molhando o jardim. No primeiro momento, fiquei muito assustado com aquilo, porque entrei num estado mental que não conhecia. Mas foi libertador."
Hoje, não usa mais drogas nem fuma cigarro. "Usei todas as drogas que me interessaram, mas não uso mais. Nem cigarro, que é um vício filho da p*ta. E, com as outras, nunca tive regularidade. Gostava de ácido. Ia para Búzios tomar. Queria entender qual era o meu caminho nesse mundo."
3 comentários
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Carlos Henrique Magni Lopes
Mundo acabou
Marcos Aurelio Pereira de Moura
É o famoso CDF!