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Ménage masculino, hotwife e cuckold: conheça os perfis de adeptos de swing

"Um dos fetiches mais pesquisados no Google é o ménage masculino, aquele em que o marido gosta de ser o corno da relação. Então, a gente faz uma festa voltada para esse público pelo menos uma vez por mês", explica Joana, 31*, a promoter da Babylon, casa de swing de Niterói, região metropolitana do Rio.

No andar de cima do local, Joy chupava um parceiro com outra companheira, enquanto um segundo homem pegava a mulher por trás. Era a noite do ménage masculino, cuckold e hotwife —fetiche em ver o parceiro tendo relações sexuais com outra pessoa— na casa, apontada por entendedores do meio como um "espaço diverso e acolhedor".

No local reservado para fumantes, Lara, mulher trans, pergunta se Marcelo ficaria com ela. "Claro!", responde ele.

Atrás deles, as irmãs Safira e Estrela comentavam que a mãe delas poderia conhecer o espaço: "Ela fazia trisal, mas, agora, está casada e é da igreja".

Nos fundos, mulheres dançavam e se beijavam seminuas em um palco. A mais madura da noite era Mari, 52, ou Pérola, como conhecida nas redes sociais, que se esbaldava numa lingerie arrastão antes de receber um oral no segundo andar: "Sou casada e era totalmente bitolada, mas sempre gostei de me exibir".

Casa de swing em Niterói
Casa de swing em Niterói Imagem: Lucas Landau/UOL

Conheça um pouco do perfil dos frequentadores do local:

Mari, 52: "Achei que seria recebida com flores"

Sou casada e era totalmente bitolada, mas sempre gostei de me exibir. Criei uma personagem num aplicativo de troca de mensagem, a Pérola, e comecei a produzir conteúdo adulto. Isso abriu minha mente. Já tenho 500 fotos e meu sonho é ter um book.

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Já fiz ménage feminina há muitos anos e, há dois meses, resolvi conhecer o swing. Achei que seria recebida com flores e reinaria no meio de casais. Contudo, como sou casada e ele não sabe da minha vida dupla, acham que estou traindo. Mas fui acolhida e conquistei meu espaço com minha simpatia.

Senti um pouco de etarismo, mas sempre me posiciono, e meu astral facilita. Aqui costumo fazer amizade com casais e depois vamos para festas particulares.

Marcelo, 46: "Não tenho problema de tocar homens"

Tenho 20 anos de casado e nunca traí minha esposa. Foi dando vontade de conhecer o meio LGBTQIA+, conversamos e a coisa foi acontecendo, principalmente no tempo da minha mulher.

Uma coisa que amei é que a mulher tem voz e o ambiente é seguro. Agora, por exemplo, nem sei onde está minha esposa e, se ela estiver com alguém, vai me falar.

Também me sinto acolhido. Sou do momento, de curtir a situação. Não me boto numa classificação. Não tenho problema de tocar homens. A única coisa que não faço é penetrar e ser penetrado.

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Já rolou de fazer ménage com um amigo e minha mulher, e o cara era super gente boa. Chupei ele, toquei ele direto, ele me chupou. Foi química. Não me sinto menos masculino por causa disso.

Lara, 26: "Peguei quem eu queria"

Não gosto de frequentar meio transexual porque é uma querendo ser melhor que a outra. Todos os meus amigos são héteros e só fico com homens.

O que me trouxe para o swing foi essa pluralidade de pessoas, de pensamentos, e a diversão sem preconceito e rótulos. Sempre tive experiência boa. Nada de negativo para contar. É perfeito. E já peguei quem eu queria.

Estrela, 29: "Minha irmã não parou de vir mais"

Frequentamos swing juntas. Safira, 28, estava querendo achar uma amiga para fazer trisal com o marido e a trouxe para a boate, que eu acabara de conhecer.

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Safira teve uma experiência com uma mulher casada. Ela disse que nunca outra mulher tinha chegado onde cheguei com ela. E ela era linda, foi muito foda.

Temos uma regra de nunca nos envolvermos com a mesma pessoa. Safira também frequenta a casa com o marido. Nós nunca fomos tão amigas quanto estamos sendo agora. A gente se deve isso desde a adolescência.

O momento mais marcante foi quando Safira trouxe o meu cunhado e correu tudo bem. E tem mais: a nossa mãe sabe de tudo. Só não vai porque hoje é religiosa e está casada. Ela fazia parte de um trisal. E somos doidas para trazê-la.

Joy, 42: "Ficar com marido de amiga foi o momento mais picante"

Curto o meio liberal há 4 anos, mas no início era tudo estranho e diferente —algumas coisas, eu não achava certo. Tinha medo de interagir ou deixar alguém me tocar sem ser meu parceiro. Mas, depois, vi que aqui a gente está pelo prazer e para conhecer pessoas legais, sem ciúme e preconceito.

Fui gostando e indo em várias boates até conhecer a Babylon. Foi aqui que um casal de amigos pediu para interagir, sendo que ela não é muito de mulher, e eu também não. Ela ficou com outro e eu com o marido dela, que sempre teve vontade de interagir comigo. Foi o momento mais picante aqui dentro.

*Os nomes foram alterados.

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