Banheirão na academia termina com enquadro de juíza: 'Todo mundo na parede'
Em uma famosa academia no centro de São Paulo, o período da noite é chamado carinhosamente de "horário de pica". Quando cheguei ao local, parecia mais uma noite normal, mas a partir das 19h, o entra e sai no banheiro é constante.
O convite é discreto, pegadas no pau e trocas de olhares fulminantes entre um aparelho e outro. Curioso, vou até o banheiro e percebo que Marcos*, um baixinho de óculos, vem logo atrás.
São quatro mictórios e ele faz questão de usar o que está ao meu lado. Ele olha para o meu pau e retribuo o olhar. Como alguém de 1,60 m consegue ter um pau tão grande e grosso? Percebo que sua bunda, redondinha, é dura e cabe perfeitamente na minha mão.
Como a coisa precisa ser rápida, enfio de leve o dedo para sentir o seu buraquinho depilado. Com tesão, fico contando os minutos para colocar a língua ali. Os homens passam, alguns já pelados em direção aos chuveiros, olham, riem e fazem sinais com a cabeça.
Trocamos telefones e combinamos de nos encontrar na casa dele, ali perto, depois do treino. Sorte a nossa.
Dos 12 chuveiros, quase todos estão ocupados. Com as portas abertas, quem passa por ali se depara com um corredor de punheteiros chamando qualquer interessado a dividir uma cabine. Quem quer, participa, quem não quer, fica na sua e pronto.
O banheirão está a todo vapor. Era pica dura pra cá, pau meia-bomba pra lá, mictório ocupado, cabine fechada e chuveiro ligado.
Foi então que um rapaz tímido, hétero, entrou no local e, incomodado com o banheirão rolando solto, reclamou: "Não aguento mais aquele monte de macho se pegando".
Neste momento, fomos surpreendidos por uma voz feminina no local. "Todo mundo na parede! Ninguém sai. O banheiro está fechado e vou averiguar", grita Ivete*, com pouco mais de 50 anos e a voz de Marlboro vermelho.
Era possível ouvir gente correndo no chuveiro, porta batendo e chuveiro ligando. Sem hesitar, ela continuou ali, observando toda a movimentação.
"Podem ficar tranquilinhos que eu já vi muito homem pelado na vida, tá tudo certo." No mictório, ela observa dois caras paralisados, cada um numa ponta. No corredor dos chuveiros, apenas a água escorrendo por baixo das portas.
Para a minha sorte, estava na área dos armários pegando o meu whey. Ivete passou por mim e observou se meu pau duro estava marcando o shorts. "Viu alguma coisa, meu bem?", perguntou ela, sem muita paciência. "Só homem pelado indo tomar banho, nada de mais", respondi enquanto sacudia meu whey e fingia que não tinha ficado excitado havia pouco tempo.
Após o nosso breve papo, Ivete continuou: "Gostaria de lembrar aos senhores que, de acordo com o artigo 233, praticar ato obsceno em lugar público, aberto ou exposto ao público pode gerar pena de detenção de três meses a um ano, ou multa. Eu não tô aqui para dar flagrante em ninguém, mas se eu souber que tem gente fazendo o que não deve aqui, vai todo mundo pra parede e eu vou averiguar".
Sentado tomando meu whey, observei o desespero dos homens que ainda estavam ali. Os que não estavam cobertos exibiam seus paus mais murchos que em dia de frio. Marcos, fofoqueiro como eu, entrou para olhar o fim do espetáculo. "Ela está lá fora dizendo que fez e aconteceu, aí vim ver", disse.
Newsletter
SPLASH TV
Nossos colunistas comentam tudo o que acontece na TV. Aberta e fechada, no ar e nos bastidores. Sem moderação e com muita descontração.
Quero receberCabisbaixos, os caras se trocaram rapidamente e deixaram o banheiro. Olhando para os lados para garantir a ausência de Ivete, um amigo confessa: "Ela fez mais para dar um susto. Se tivesse olhado na cabine, teria me visto de pé e o gostoso que estava me chupando". Depois da invasão de Ivete, o banheiro ficou mais tímido.
Mais que uma aliviada rápida, o banheirão cumpre uma função social de formar elos de amizade. Deixei a academia e fui para a casa de Marcos. Cheios de tesão pelo quase flagra, transamos na varanda do seu apartamento e comprovei que além de grande e grosso, aquele pau gozava muito.
Após a foda, fomos tomar banho juntos sem nos preocupar em termos nossos beijos e chupadas interrompidos por alguém.
*Os nomes foram alterados.
Deixe seu comentário