Sindicatos de Hollywood chegam a acordo com estúdios para volta ao trabalho
Os principais sindicatos de Hollywood anunciaram ontem um acordo com os estúdios sobre as normas de segurança contra a covid-19 necessárias na indústria do entretenimento para a volta ao trabalho.
As negociações, que se estenderam por meses, sobre testes, equipes e licenças para doentes eram vistas como a última barreira para a volta aos sets de filmagem, onde os sindicatos têm que aprovar individualmente cada projeto de cinema e televisão.
O acordo é considerado uma oportunidade para a reativação desta indústria em dificuldades, parada por meses devido à pandemia, embora ainda restam obstáculos, como a falta de seguro contra o coronavírus, as restrições locais e as altas taxas de infecção nas regiões de filmagem.
"Confio que estes protocolos, rígidos e pensados como os de qualquer outra indústria nos Estados Unidos, manterão seguros as equipes de produção e os atores, assim como as comunidades nas quais vivem e trabalham", declarou Thomas O'Donnell, diretor do sindicato dos caminhoneiros de Hollywood, em declaração à AFP.
O acordo foi negociado de maneira conjunta por cinco dos maiores sindicatos -incluindo os dos atores e diretores, com mais de 350.000 associados- com a organização AMPTP, que representa os grandes estúdios como Disney, Universal, Paramount e Warner Brothers, assim como as principais emissoras de televisão.
"Este acordo estabelece protocolos sensatos e baseados na ciência que permitem aos membros voltar a fazer o que amam", declarou Gabrielle Carteris, presidente do sindicato de atores de Hollywood.
As filmagens em Los Angeles cessaram em meados de março devido à pandemia do coronavírus, e foram retomadas em níveis baixos em final de junho. Outras regiões dos Estados Unidos e no exterior se beneficiaram das dificuldades de se filmar em Hollywood.
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