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Justiça britânica encerra disputa entre membros do Sex Pistols

Integrantes da banda inglesa Sex Pistols em foto de 1977 - Reprodução
Integrantes da banda inglesa Sex Pistols em foto de 1977 Imagem: Reprodução

Da AFP, em Londres

23/08/2021 08h52Atualizada em 23/08/2021 09h53

A justiça britânica decidiu hoje a favor de dois ex-membros do grupo Sex Pistols, que estavam em uma batalha judicial com Johnny Rotten, o vocalista da banda punk, pelo uso de suas canções em uma série de televisão.

O guitarrista Steve Jones e o baterista Paul Cook processaram o vocalista grupo, cujo nome verdadeiro é John Lydon, em Londres por sua recusa a permitir o uso de músicas do álbum "Never Mind The Bollocks" na série de TV "Pistol".

Dirigida por Danny Boyle ("Trainspotting" e "Quem quer ser um Milionário?"), a série, baseada em um livro de memórias de 2016 de Steve Jones, deve estrear no próximo ano.

Johnny Rotten alegava que as autorizações não poderiam ser concedidas contra sua vontade e afirmou que cederia apenas com uma ordem judicial, depois de descrever a série ao jornal Sunday Times como "a merda mais desrespeitosa" que já viu.

Mas o advogado dos dois demandantes, Edmund Cullen, disse que sob os termos de um acordo de 1998 entre os membros do grupo, as decisões de licenciamento devem ser tomadas "pela maioria dos votos".

A Alta Corte de Londres decidiu a favor de Jones e Cook hoje, após as audiências celebradas em julho.

Em suas alegações por escrito, Cullen enfatizou que o caso diz respeito apenas a Johnny Rotten, uma vez que Glen Matlock, membro original da banda que foi substituído em 1977 por Sid Vicious, que morreu em 1979, e os beneficiários deste último apoiam a posição de seus clientes.

O advogado do ex-vocalista do grupo, Mark Cunningham, afirma que, de acordo com seu cliente, o livro a partir do qual a série é adaptada o apresenta "sob uma luz hostil e nada favorável".

O grupo punk, formado em 1975 e que se separou em 1978, se reuniu desde então em várias ocasiões para shows, a última delas em 2008.