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Peter Jackson, diretor da saga 'O Senhor dos Anéis', vende empresa de efeitos especiais por R$ 8 bi

O cineasta Peter Jackson, da trilogia "O Senhor dos Anéis" - att Baron/BEI/Shutterstock
O cineasta Peter Jackson, da trilogia "O Senhor dos Anéis" Imagem: att Baron/BEI/Shutterstock

Em Wellington

10/11/2021 07h37

O cineasta neozelandês Peter Jackson, diretor da trilogia "O Senhor dos Anéis", anunciou ontem a venda de sua empresa de efeitos especiais Weta Digital para um grupo americano interessado em utilizá-la para desenvolver o "metaverso".

A empresa compradora, Unity Software, com sede em San Francisco, informou que a operação de 1,6 bilhão de dólares — cerca de R$ 8,7 bilhões — vai "definir o futuro do metaverso", uma versão imersiva em 3D da internet que pretende transformar o trabalho e as interações virtuais.

O grupo destacou que a tecnologia da Weta, usada em sucessos de bilheteria como "O Senhor dos Anéis e "Avatar", permitirá a seus clientes criar o próprio espaço ultrarrealista de um mundo virtual.

"Estamos entusiasmados em democratizar estas ferramentas e levar o gênio de Sir Peter Jackson e o incrível talento de engenharia da Weta a artistas em todos os lugares", afirmou o presidente da Unity, John Riccitiello, em um comunicado.

O Senhor dos Anéis - Reprodução/O Senhor dos Anéis - Reprodução/O Senhor dos Anéis
'O Senhor dos Anéis: A Sociedade do Anel' (2001), o primeiro filme da saga
Imagem: Reprodução/O Senhor dos Anéis

Sob o acordo, a Unity assume os ativos de tecnologia e engenharia da Weta Digital, que tem sede em Wellington, enquanto Jackson mantém a propriedade majoritária da empresa WetaFX, especializada em efeitos especiais para o cinema.

Jackson disse que a oportunidade de usar os programas inovadores da Weta foi transformadora para aqueles que trabalham nas indústrias criativas.

"Juntos, Unity e Weta Digital podem criar um caminho para qualquer artista, de qualquer indústria, para que utilize estas ferramentas incrivelmente criativas e poderosas", disse.

Analistas acreditam que o metaverso será desenvolvido para virar uma plataforma online para experiências virtuais — como conversar com um amigo ou assistir a um show como se você estivesse no local.

O tema chamou a atenção em outubro, quando o Facebook mudou o nome de sua empresa matriz para "Meta", com o objetivo de refletir o compromisso de seu fundador, Mark Zuckerberg, com o conceito.

A empresa de Zuckerberg anunciou planos para contratar 10.000 pessoas na União Europeia para construir o metaverso, enquanto outras empresas de tecnologia correm para ter presença neste mundo virtual.