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Cantor Liam Payne consumiu álcool, cocaína e antidepressivo antes de morrer

O músico britânico Liam Payne consumiu álcool, cocaína e um antidepressivo antes de morrer após cair da varanda de seu hotel em Buenos Aires, informou a Justiça argentina, que indiciou três pessoas pelo ocorrido, segundo um comunicado publicado nesta quinta-feira (7).

"Os resultados dos estudos toxicológicos — já informados à sua família — revelaram que, nos momentos anteriores à sua morte e no período de pelo menos suas últimas 72 horas, Payne só apresentava em seu corpo vestígios de um consumo múltiplo de álcool, cocaína e um antidepressivo prescrito", diz a nota, publicada pelo Ministério Público.

O MP analisou depoimentos, gravações em vídeo, mensagens, documentos, faturas, redes sociais e comunicações, e confirmou pelo menos quatro fornecimentos de substâncias ilícitas por terceiros entre os dias 13 e 16 de outubro, data da tragédia.

O ex-integrante da banda One Direction morreu aos 31 anos por "traumas múltiplos" e "hemorragia interna e externa", após cair da varanda de seu quarto no terceiro andar do hotel Casa Sur, no bairro de Palermo.

Indiciados

O MP detalhou nesta quinta que "foram descobertas condutas ilícitas a partir das quais três pessoas foram indiciadas", mas sem divulgar nomes.

Uma delas é a pessoa que acompanhava Payne cotidianamente durante sua estada em Buenos Aires. Ela foi indiciada por abandono de pessoa incapaz que resulta em morte — crime que prevê penas de 5 a 15 anos — e por fornecer entorpecentes, diz o texto.

O segundo acusado é um funcionário do hotel que, segundo o MP, "deve responder por dois fornecimentos comprovados de cocaína a Liam Payne" no período em que ele estava no estabelecimento, enquanto o terceiro é outro fornecedor de drogas que foi "indiciado por dois outros fornecimentos claramente verificados em dois momentos diferentes do dia 14 de outubro".

O promotor Andrés Madrea considerou que "mesmo com as provas contundentes obtidas até o momento (...) a investigação deve continuar" e destacou que "ainda está em andamento o desbloqueio do notebook pessoal da vítima, que está danificado, e de outros dispositivos apreendidos".

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'Não sabia o que estava fazendo'

Nas primeiras conclusões publicadas nesta quinta, o Ministério Público informa que as lesões que Payne apresentava eram compatíveis com as produzidas por queda de altura e que se descartava as autoinfligidas, bem como "a intervenção física de terceiros".

"Payne não estava plenamente consciente ou atravessava um estado de diminuição notória, ou de abolição da consciência no momento da queda", acrescentou.

O MP também "descarta a possibilidade de um ato consciente ou voluntário por parte da vítima, já que, no estado em que se encontrava, não sabia o que estava fazendo nem poderia entender o que acontecia".

Os restos mortais do músico foram enviados na quarta-feira para o Reino Unido em um voo no qual também viajou seu pai, Geoff Payne.

Liam Payne foi membro do One Direction, uma banda pop de enorme sucesso cuja fama começou em 2010, graças ao concurso de talentos de televisão britânico "The X Factor". A "boy band" se separou em 2016.

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Payne havia falado abertamente sobre sua luta contra o alcoolismo nos últimos anos.

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