Conteúdo publicado há 1 mês

Inadmissível: emissora se pronuncia sobre assédio a repórter em Paris

A repórter Verônica Dalcanal, da Empresa Brasil de Comunicação, está em Paris para a cobertura dos Jogos Olímpicos; e, no último sábado, foi vítima de assédio enquanto participava de uma transmissão ao vivo da TV Brasil.

Enquanto a repórter da EBC relatava o dia-a-dia dos atletas brasileiros nos Jogos de Paris, três homens, aparentemente estrangeiros, se aproximaram e começaram a cantar. Um deles chegou mais perto da jornalista e a beijou no rosto, sem consentimento; o que foi repreendido pela repórter. Depois, outro homem também a beijou indevidamente, que logo rechaçou o ato.

Durante a transmissão do Repórter Brasil, Verônica Dalcanal lamentou o ocorrido e disse que é "revoltante que jornalistas mulheres ainda passem por esse tipo de situação"

O presidente da EBC, Jean Lima, se solidarizou com a repórter e declarou ser "inadmissível que mulheres ainda sejam submetidas a esse tipo de agressão, principalmente jornalistas no exercício da sua profissão". Já a diretora de jornalismo da EBC, Cidinha Matos, além de condenar o episódio, destacou que essa é uma agressão à jornalista, à mulher e ao espírito olímpico.

A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, também prestou solidariedade à repórter. A ministra disse que "é inaceitável que acreditem ter propriedade sobre nossos corpos, e que jornalistas e outras mulheres em espaços de poder passem por situações como essa."

Já a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República emitiu nota se solidarizando com a repórter Verônica Delcanal e avaliou como "inaceitável que jornalistas mulheres continuem sendo vítimas dessa violência. A Secretaria informou, ainda, que dará o apoio que se faça necessário nesse momento".

A Federação Nacional dos Jornalistas e os Sindicatos dos Jornalistas do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Distrito Federal também se solidarizaram que a jornalista. As entidades ressaltam, por meio de nota, que assédio não é só uma grave violência contra a mulher, mas uma intimidação misógina ao exercício do jornalismo por ela. Seu corpo não é público e seu lugar profissional também deve ser respeitado.

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