75 anos de David Bowie: Confira 10 fatos sobre vida do cantor
O camaleão do rock David Bowie, que faria 75 anos neste sábado (08) já era uma lenda ainda em vida. Quase uma dúzia de biografias foram publicadas sobre o visionário do pop, e quase nenhum segredo sobre ele espera para ser descoberto, mas existem fatos inusitados que poucas pessoas conhecem. Um deles foi a dificuldade que o artista enfrentou para comprar pão em Berlim. Veja dez curiosidades sobre o cantor:
1. Papel das drogas
David Bowie foi um artista eclético, que assumiu vários alter egos no decorrer de sua carreira: seja como Aladdin Sane ou The Thin White Duke, tudo correu bem, apenas Ziggy Stardust causou sérios problemas ao cantor. O consumo de drogas fez com que Bowie em algum momento não tenha mais sido capaz de distinguir entre ele e a figura que representava: "Tornou-se muito perigoso. Eu realmente duvidei de minha sanidade", consta de sua biografia Bowie: Loving the Alien, de Christopher Sandford.
2. Opção por Berlim
Fascinado por artistas da época da República de Weimar, como Bertolt Brecht ou os pintores da "Brücke", Bowie decidiu mudar-se para Berlim em 1976 − aliás, também para se afastar das drogas após os anos de excesso. Embora Berlim Ocidental fosse considerada a capital da heroína da Europa na época, Bowie realmente conseguiu se livrar da dependência durante sua estada na cidade.
3. Inquilino faminto
Iggy Pop foi companheiro de apartamento de Bowie no bairro berlinense de Schöneberg − mas apenas temporariamente. Diz-se que Bowie se cansou do ícone punk, que constantemente se servia de comida da geladeira. Iggy Pop então se mudou para os fundos do prédio.
4. Confusão na padaria
Quando Bowie certa vez pediu pão em uma padaria de Berlim, a vendedora perguntou: "Centeio, trigo, farinha integral, espelta, aveia, quatro grãos, de forma, redondo, meio ou um inteiro?" O cantor pediu ajuda ao amigo Edgar Froese, que mais tarde retomou este fato em sua biografia Tangerine Dream − Force Majeure, e perguntou-lhe: "Por favor, explique a ela que eu não quero comprar a padaria, mas apenas pão."
5. Gravação valiosa
Por falar em pão: em 1963, Bowie, que na época ainda usava seu nome original, David Jones, gravou a música I Never Dreamed na tenra idade de 16 anos com sua banda The Kon-Rads. A banda esperava por um contrato de gravação, o que infelizmente não ocorreu. A sensação foi ainda maior quando a única gravação da música reapareceu em 2018: David Hadfield, que já fora baterista dos Kon-Rads, a descobriu em uma cesta de pão durante uma mudança. Em um leilão no mesmo ano, arrecadou pouco menos de 40 mil libras (45 mil euros na época) − mais de quatro vezes o valor estimado.
6. Defensor dos cabelos compridos
Já que a carreira como músico não deu certo com os Kon-Rads, Bowie ensaiou se tornar ativista. Aos 17 anos, ele fundou a Sociedade para a Prevenção da Crueldade contra Cabelos Compridos Masculinos. Entre as reivindicações: homens de cabelos compridos deveriam ser chamados de "queridos" e receber ofertas para que suas bolsas fossem carregadas.
7. Cavaleiro não ordenado
Sejam atores como James Bond ou músicos como os Beatles, muitas celebridades britânicas foram condecoradas ou homenageadas com medalhas pela família real. Menos Bowie, que rejeitou o título de "Comandante da Ordem do Império Britânico" em 2000, bem como a ordenação como cavaleiro 2003: "Realmente não sei para que serve. Não é para isso que trabalhei a vida inteira."
8. Individualista
Bowie certamente não era uma pessoa que dizia "sim" a tudo. Na qualidade de diretor artístico, o cineasta Danny Boyle (Quem quer ser um milionário?) pediu ao cantor em 2012 para interpretar Heroes na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres. Mas Bowie recusou.
9. Visionário
Para um visionário como Bowie, já nos anos 1990 a internet não era um território novo: em 1996, ele disponibilizou três versões da música Telling Lies para download em seu site. A música foi baixada 300 mil vezes. Quanto tempo será que isso demorou com um modem convencional naquela época?
10. Música para convencer editor
Você se lembra da briga brutal de Brad Pitt no porão em Clube da Luta? O filme foi baseado num livro de Chuck Palahniuk, que certa vez disse na revista Rolling Stone que o romance nunca teria sido publicado sem Bowie.
Para chegar ao editor Gerald Howard, que estava cercado por outros jovens autores em um bar de hotel, Palahniuk jogou dez dólares em moedas na jukebox e selecionou a música Young Americans, de Bowie, 40 vezes consecutivas. Enquanto os concorrentes irritados logo se retiraram, Palahniuk conseguiu vender seu Clube da Luta e outros livros para a editora. A propósito, Gerald Howard não consegue se lembrar do loop infinito na máquina de música.
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