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Godard morreu por suicídio assistido na Suíça: "Estava esgotado", diz amigo

13/09/2022 18h14

Paris, 13 set (EFE).- O cineasta Jean-Luc Godard, que morreu nesta terça-feira aos 91 anos de idade, na Suíça, recorreu ao suicídio assistido, de acordo com fontes citadas por veículos de imprensa franceses e suíços.

Nascido em Paris em uma família de origem suíça, Godard, um dos principais nomes da Nouvelle Vague, uma das correntes mais emblemáticas da história do cinema, viveu durante várias fases de sua vida na Suíça, onde a prática é legalizada.

"Ele não estava doente, ele estava simplesmente esgotado. Tomou a decisão de terminar. Foi sua decisão, e era importante para ele que seja conhecida", disse um amigo íntimo do cineasta ao jornal "Libération", o primeiro a anunciar o falecimento.

Em comunicado, a esposa, a cineasta suíça Anne-Marie Miéville, e os produtores dele disseram que Godard "morreu pacificamente em sua casa, cercado por aqueles que lhe eram mais próximos".

Godard morreu em casa, na cidade de Rolle, às margens do lago Léman, na Suíça, a poucos quilômetros da França.

A família acrescentou que não haverá cerimônias oficiais e que os restos mortais de Godard serão cremados em privacidade.

Outra pessoa próxima a Godard disse ao jornal suíço "Tribune de Genève" que o cineasta "não podia levar uma vida normal devido a várias patologias".

O suicídio assistido teria sido realizado com ajuda de uma organização suíça especializada. Há duas entidades desse tipo na Suíça, Exit e Dignitas, que oferecem o serviço legalmente sob uma série de condições, como a existência de patologias graves ou relacionadas à idade, e que não haja motivos egoístas.

Vários parentes disseram a veículos franceses e suíços que a família queria esperar 48 horas antes de revelar a morte, que acabou sendo vazada para o jornal francês "Libération". EFE