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Investigação de roubo nazista tira obras de Monet e Van Gogh de museu

Obras de artistas como Van Gogh e Monet serão retiradas de um dos principais museus da Suíça. O motivo é uma investigação para descobrir se cinco pinturas foram roubadas por nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

O museu Kunsthaus Zürich, no cantão de Zurique, suspeita que as pinturas da coleção Emil Burhle foram saqueadas de famílias mortas pelo nazismo - Emil foi um dos principais fornecedores de armas para a Alemanha. As obras da coleção são parte de um empréstimo de 20 anos ao museu.

O acervo sob suspeita inclui "A Estrada Ascendente", de Paul Gauguin, "Jardim de Monet em Giverny", de Claude Monet, "A Velha Torre", de Vincent van Gogh, "Retrato do escultor Louis-Joseph", de Gustave Coubert e "La Sultane", de Edouard Manet.

A iniciativa pode indenizar as famílias de judeus assassinados na guerra, como Max Silber, um industrial que teria sido morto no campo de concentração de Auschwitz e dono de quadros de artistas famosos.

As obras eram leiloadas entre oficiais nazistas e passavam de mão em mão até chegarem aos museus europeus e a acervos particulares. Em março, o Departamento de Estados dos Estados Unidos apresentou um tratado para identificar, indenizar e investigar peças roubadas pelos nazistas no mundo todo.

Os americanos calculam que mais de 600 mil pinturas foram usurpadas, além de 100 mil livros, manuscritos, objetos espirituais e outros bens nunca devolvidos aos donos. A Suíça assinou o tratado.

O objetivo é entender quais obras foram roubadas ou foram vendidas à força, ou por razões financeiras.

A fundação da Coleção Emil Bührle afirmou em comunicado que está empenhada em uma "solução justa e equitativa para as obras com os herdeiros legais". Apesar disso, a lei suíça determina que as obras não podem ser reivindicadas porque os possíveis crimes foram prescritos.

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