Quincy Jones trabalhou com Milton Nascimento e Ivan Lins; relembre parcerias musicais
04/11/2024 13h34Atualizada em 04/11/2024 13h55
O lendário produtor musical Quincy Jones, que morreu aos 91 anos neste domingo, 3, em Los Angeles, nos Estados Unidos, trabalhou com grandes ícones da música, como Michael Jackson e Frank Sinatra.
Mas você sabia que o produtor americano também trabalhou com estrelas da música brasileira, como Milton Nascimento, Ivan Lins e Simone?
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Jones e Milton são amigos desde 1967. O artista brasileiro homenageou o amigo em seu Instagram, nesta segunda-feira, 4.
"Hoje amanheci com a triste notícia da partida do meu grande e amado amigo, Quincy Jones. Quincy foi um grande admirador e disseminador da música brasileira pelo mundo, e produziu muitos dos discos mais emblemáticos e importantes da história da indústria musical. Há um tempo, ele me ligou por videochamada, e matamos um pouco da saudade, que, agora, será eterna. Descanse em paz, querido irmão", lamentou Nascimento.
Durante a pandemia, em 2021, o cantor brasileiro postou print de uma chamada de vídeo que recebeu do produtor. Na imagem, os dois fazem coraçãozinho com a mão.
Outro brasileiro que fez parte da história musical de Quincy Jones é o percussionista Paulinho da Costa. O músico era constantemente convidado pelo americano para participar de gravações em estúdio e colaborou com a trilha sonora de O Feiticeiro.
Jones ainda ganhou Grammy por uma versão da música Velas, de Ivan Lins. Em 1982, o álbum The Dude, do produtor musical, contava com a canção de Ivan Lins e Vitor Martins. A produção rendeu seis indicações e quatro prêmios Grammy.
Fã da cantora Simone, o artista convidou a brasileira para participar de duas edições do tradicional Montreux Jazz Festival. "Simone é demais, eu simplesmente a adoro. Ela vai fundo, penetra na alma", declarou Jones em uma entrevista em 1994.
Principais parcerias musicais
Os trabalhos Michael Jackson fizeram sucesso estrondoso pelo mundo afora, como os álbuns Off The Wall (1979), Thriller (1983), que vendeu mais de 20 milhões de cópias somente no ano de seu lançamento - e continua sendo o disco mais vendido de todos os tempos, e Bad (1987).
Jones personificou grande parte da história da música: na adolescência foi amigo de Ray Charles, mais tarde do diretor musical de Dizzy Gillespie, arranjador de Ella Fitzgerald e comandou a última grande apresentação de Miles Davis, que virou o álbum Miles & Quincy: Live at Montreux.
Em 1985, o produtor se juntou ao Rei do Pop e Lionel Ritchie e reuniram as maiores estrelas da época, como Bruce Springsteen, Bob Dylan, Tina Turner, Stevie Wonder, Cindy Lauper e Kenny Rogers, para gravar o sucesso We Are The World, que arrecadou fundos para combater a pobreza na África.
O produtor também trabalhou com Aretha Franklin, Celine Dion, Ella Fitzgerald e Donna Summer. Muitos veículos internacionais indicam que Quincy Jones trabalhou com Elvis Presley tocando trompete na banda do Rei do Pop, na década de 1950, porém o produtor musical negou ao The Hollywood Reporter, em entrevista veiculada em 2021.
Nela, ele afirmou que nunca trabalharia com Elvis, pois o artista "era racista". "Eu não trabalharia com ele... Eu estava com Tommy Dorsey [trompetista]... Elvis chegou, e Tommy disse: 'não quero tocar com ele'. Ele era um racista filho da - p***, vou calar a boca agora", disparou o produtor.