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Contrato com GfK vai causar demissões em TVs

Gastos de emissoras com GfK podem resultar em demissões - Divulgação
Gastos de emissoras com GfK podem resultar em demissões Imagem: Divulgação

Colunista do UOL

27/10/2015 09h46

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A aposta que Record, SBT e RedeTV! fizeram ao bancar a entrada de uma nova empresa que mede audiência no Brasil, a alemã GfK, chacoalhou o mercado publicitário e deve render bons frutos em médio prazo, mas os efeitos imediatos não serão nada agradáveis.

Por causa do custo desse contrato, essas três emissoras deverão ter muitas demissões e outros cortes de custos nos próximos meses (aliás, no caso da Record, isso já começou).

O motivo é o elevadíssimo custo desse acordo. Conforme o UOL antecipou, estima-se que, nos primeiros cinco anos, o contrato do GfK custe às emissoras que compõe o "pool" cerca de US$ 100 milhões.

O problema é que esse contrato foi acertado em dólar no ano passado, quando a moeda norte-americana era cotada a pouco mais de R$ 2,50. Hoje, ela já está em quase R$ 4, e simplesmente ninguém contava com isso.

Essa disparada do dólar foi o principal motivo que fez a Band desistir de integrar o "pool" que apoia o GfK, por exemplo (e não a especulação que a emissora se "bandeou" para o lado da Globo, a primeira a se recusar a entrar no "pool" pró-GfK).

Corte de custos em produções, demissões em massa e venda de novas faixas da grade de programação a terceiros podem ser alguns dos efeitos diretos que a aposta no GfK vai causar -- especialmente aos futuros (ex) funcionários de Record, SBT e RedeTV!.