Globo fatura quase "três Record" por ano só com TV paga
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Única empresa do país a nadar de braçadas na TV por assinatura, a Globo deve fechar este ano com mais de R$ 6 bilhões de faturamento só com seus canais Globosat, segundo dados exclusivos obtidos pelo UOL.
Os mais de 30 canais da Globo presentes na TV fechada devem render pelo menos R$ 3 bilhões só em publicidade ao Grupo Globo em 2016. Outros R$ 3 bilhões virão do valor que as operadoras repassam anualmente à Globo como remuneração por cada canal Globosat incluso em pacotes de assinantes.
R$ 6 bilhões equivalem a seis vezes o que o SBT fatura anualmente, ou três vezes mais do que a Record. São cerca de 12 faturamentos da Band.
O que mais surpreende no valor é que o que o Grupo Globo vem faturando com a TV paga já é praticamente o mesmo que a TV Globo --canal aberto- obtém anualmente.
Além disso, em termos de conteúdo, os canais Globosat já produzem mais programas que a própria Globo.
Muitos programas e artistas Globosat têm participado cada vez com mais frequência de programas da Globo aberta, num sinal de que, cada vez mais, essa fusão deve se aprofundar.
Detalhe: esse valor de R$ 6 bilhões não inclui faturamento com pay per view, Globo Internacional ou tampouco produtos exibidos na TV paga que também são comercializados em DVD.
COMO SE CHEGOU A ISSO
Para obter esse “monopólio” na TV por assinatura do Brasil, a Globo contou com o beneplácito e mesmo o apoio explícito das maiores operadoras, Net e Sky.
É graças a esse apoio que a Globosat coloca vários novos canais todos os anos, absorvidos rapidamente no line-up das operadoras. A Globo não tem a menor dificuldade em lançar canais como Viva, Sportv 3 e 4, canal Bis, Off, +Globosat etc
Até a mesmo a localização dos canais Globosat no line-up costuma ser favorecida. Por exemplo, na Net, os canais mais importantes do grupo sempre estão próximos: canal 39 (SporTV), canal 40 (Globonews), 41 (GNT), 42 (Multishow)... e assim por diante. Não pensem que isso é uma mera coincidência.
O problema é quando outra TV brasileira ou conglomerado internacional tentam entrar no cardápio das operadoras. Há sempre resistência (vide caso Fox Sports ou Esporte Interativo), quando não o veto completo: vide o caso do canal Food Network.
Sim, vocês sabiam que esse canal, que por sinal é muito bacana e tem entre outras estrelas a fofa apresentadora Samantha Brown (ex-Discovery), já está no Brasil há mais de um ano? Só que ele só está disponível em operadoras minúsculas, ou no pacote mais caro da Sky. Já a Net está se fazendo de morta desde que a negociação começou.
Conselho de colunista: pergunte para sua operadora por que você não recebeu até hoje o ótimo Food Network.
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