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"Os Dez Mandamentos" chega a 5 milhões de ingressos vendidos

Colunista do UOL*

12/02/2016 11h15Atualizada em 12/02/2016 11h36

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O filme “Os Dez Mandamentos” atingiu a marca recorde de público de 5 milhões após 15 dias nas salas de cinema do país.

A obra feita com conteúdo da novela exibida pela Record até novembro do ano passado, já iguala “Dois Filhos de Francisco”. Agora está atrás apenas de “Tropa de Elite 2” e "E Se Eu Fosse Você". Ou seja, já é o terceiro filme nacional mais visto em dez anos.

Esta coluna apurou que o sonho (e objetivo) da parceria Record-Paris Filmes-Downtown é bater 12 milhões de espectadores, o que ultrapassaria “Tropa 2”. Mas isso, por enquanto, ainda é sonho.

“Os Dez Mandamentos” condensa e resume mais de 170 capítulos da novela que registrou o maior ibope da história da Record e, em alguns dias, chegou a vencer tanto o “Jornal Nacional” quanto “A Regra do Jogo”.

Exemplo da "praga": após o fim da novela bíblica a audiência de “A Regra…” cresceu quase 20%.

CRÍTICA DO FILME, A MINHA

O problema dessa “condensação” da novela em filme é que ela trouxe vários problemas graves, e eles estão expostos claramente no cinema. Por vezes nem parece um filme, mas um caprichado capítulo especial de novela.

No longa há uma exagerada devoção a explicações, narrativas e roteirização – muitas vezes forçadas – para explicar em 2 horas o que houve numa novela que durou vários meses, e com uma história tão rica foi necessário escolher "fatos".

Mas o filme tem muitos pontos positivos também: os efeitos especiais não são de ultimíssima geração, mas foram muito bem-feitos e com muito bom gosto.

Todas as pragas e, em especial, a abertura do mar, são trabalhos digitais de muito refino e apuro. Repito, para quem vai ao cinema não é nada do mais alto patamar tecnológico: só que não está abaixo de nada que você já viu.

O figurino e fotografia também merecem destaque --tanto no cinema quanto na TV. Dois itens muito bem-feitos.

O fato de ser uma história “declamada” também favoreceu muitas atuações, como a de Sergio Maroni, que muitas vezes parece estar no teatro. Conseguiu ser um vilão complexo e dúbio.