Com apoio de bispo, Igreja Universal rompe com governo Dilma
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A saída do PRB (Partido Republicano Brasileiro) da base aliada do governo Dilma Rousseff, anunciada oficialmente anteontem, significa também o fim do apoio da Igreja Universal ao governo petista.
Segundo esta coluna apurou, o rompimento se deu com o aval do próprio Edir Macedo, líder da Universal. Embora se preocupe mais com a evangelização e evite se imiscuir em assuntos tanto da TV como da política, o bispo estaria “farto” dos escândalos e da corrupção envolvendo o PT, disse uma fonte da igreja a esta coluna, na noite desta sexta, pedindo anonimato.
Desde 2002, quando Lula foi eleito, a igreja de Macedo sempre adotou uma atitude de completo apoio aos governos petistas. Em 2003, quando o embrião do PRB surgiu, o partido rapidamente se integrou à base do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em 2005 recebeu o registro definitivo, ainda como PMR (Partido Municipalista Renovador), tendo entre seus fundadores o ex-vice presidente José de Alencar (1931-2011). No ano seguinte, passou a se denominar PRB.
O chamado “partido da Universal” chegou a ter cargos em segundo escalão no governo Lula, mas foi alçado ao primeiro escalão em 2012, quando Marcelo Crivella, sobrinho de Macedo, foi nomeado ministro da Pesca. À época, ele ironizou a própria escolha afirmando que não entendia “nada de pesca”.
Crivella ficou no cargo até 2014, quando foi substituído por Eduardo Lopes (PRB-RJ). Em janeiro de 2015, quem assumiu foi George Hilton, que deveria ter entregue o cargo anteontem, por ordem do partido. Hilton, no entanto, preferiu romper com a igreja e o PRB e permanecer no cargo.
Segundo o Censo do IBGE em dados de 2010, a Igreja Universal do Reino de Deus teria à época cerca de 2 milhões de fiéis declarados.
No entanto, há milhões de entrevistados pelo IBGE que se declaram evangélicos, mas não revelam a qual igreja pertencem.
Vale dizer que, a despeito do apoio do PRB e da Universal ao governo Dilma, o Jornalismo da Record sempre demonstrou independência e cobriu todos os escândalos governamentais em seus principais telejornais nos últimos anos.
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