Globo perde interesse comercial e gospel desaparece da programação
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Não durou nem três anos o chamado “movimento gospel” dentro da programação da Globo, em parceria com seu braço fonográfico, a gravadora Som Livre.
Pelo segundo ano consecutivo, o gospel está fora completamente da programação da Globo. Cantores evangélicos continuam sendo raridade em programas da casa, e mais difícil ainda é ver algum deles em novelas.
Por fim, a Globo também acabou com a edição nacional do festival Promessas --evento gospel regional e com desfecho em rede nacional, para grande decepção da comunidade musical e evangélica.
Nos final da década passada (2008) a Globo começou a se interessar no gospel, e tudo fazia sentido: a Igreja Universal estava se livrando de seu plantel de artistas iniciando o fechamento de sua gravadora gospel, a Line Records. Fechamento, vale dizer, por pura implicância de Edir Macedo, que pessoalmente duvidava do poder da música como um, digamos, auto de fé.
A Line não recebia investimento algum há anos. Em vez de aproveitar a estrutura existente, não havia sinergia alguma no Grupo Record. Ou seja, a despeito da Record (Universal) ter centenas de rádios pelo país, quase nenhum artista da gravadora da igreja tocava nessas rádios.
A verdade é que, se quisesse, a Igreja Universal do Reino de Deus poderia ter se tornado a dona do gospel no Brasil na década passada, controlando o menu de artistas não só brasileiros, mas internacionais, bem como sua execução (faturaria também com direitos).
Os momentos finais da gravadora Line Records coincidem com o investimento da Globo em música gospel. A Som Livre, entre 2010 e 2014, mais que triplicou seu portfólio gospel, e tudo indicava que o estilo começaria a fazer parte da “cultura” musical global.
Isso agora é só história, pois o interesse da Globo em música gospel, tudo indica, já acabou.
@feltrinoficial
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